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A Uma Terra Desconhecida

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Thriller 104 min 2025 24/07/2025 Palestina, ALE, FRA, DIN, GRE, GB

Título Original

Sinopse

Em Atenas, Grécia, dois primos palestinianos, Chatlia (Mahmoud Bakri) e Reda (Aram Sabbah), aguardam por passaportes falsos para chegarem à Alemanha. Frustrados e enganados por um traficante de pessoas, acabam por montar um esquema para explorar outras pessoas como eles, que fogem de Gaza e querem chegar a Itália.

É um “thriller” e um “buddy film”. Depois de ter passado pelo festival de Cannes e pelo Curtas Vila do Conde, este é o novo filme de Mahdi Fleifel, realizador de origem palestiniana que nasceu no Dubai e cresceu no Líbano e na Dinamarca. Segundo a distribuidora, The Stone and The Plot, 20% das receitas de bilheteira deste filme serão doadas à Seeds of Hope Educational Tent, entidade focada nas crianças de Gaza. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

A uma Terra Desconhecida: dois palestinianos numa Atenas de filme negro

Luís Miguel Oliveira

Mahdi Fleifel filma a sobrevivência de náufragos numa “ilha grega” em que ficaram encalhados. Estreia-se esta quinta-feira.

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Críticas dos leitores

4 estrelas

José Miguel Costa

"Uma Terra Desconhecida”, primeira longa-metragem ficcional do dinamarquês de ascendência palestiniana Mahdi Fleifel, é um "thriller social" realista e emocionalmente intenso (sempre à beira do abismo), que nos esfrega na cara, sem maniqueísmos ou moralismos, o purgatório e o gradativo processo de desumanização (e consequente perda de identidade) vivido pelos imigrantes indocumentados (neste caso palestinianos) na Grécia (percepcionada como simples "ponto de passagem"), dispostos a (quase) tudo para chegar ao utópico El Dorado europeu (a Alemanha). Acompanhamos as desventuras de dois jovens primos desesperados, Chatila e Reda (magnificamente interpretados pelos carismáticos Mahmood Bakri e Aram Sabbah), retidos no degredado/degradante submundo de Atenas (exposto por uma sublime fotografia crua, "anti-postal turístico"), no qual (sobre)vivem como "invisíveis" à margem da lei, enredados em múltiplos expedientes ilícitos (inclusive contra conterrâneos, seus "companheiros de desgraças") com o objectivo único de amealhar o dinheiro que lhes permita adquirir passaportes falsos. É impossível ficarmos indiferentes perante estes ambíguos anti-heróis socialmente frágeis, cuja ética moral se vai evaporando (oscilando constantemente entre a condição de vítimas e "carrascos") em função das agruras que o Destino teima em impingir-lhes "sem dó nem piedade". De um modo que acabamos por (tentar) "esquecer" que o filme é detentor de um enredo pejado de subtramas insuficientemente desenvolvidas e inacabadas.

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