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The Fighter - Último Round

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Biografia, Drama 115 min 2010 M/12 10/02/2011 EUA

Título Original

Sinopse

<p>Baseado em factos verídicos, "Último Round" acompanha dois irmãos nas suas batalhas para vingarem no mundo do pugilismo. Dicky Ecklund (Christian Bale) foi um potencial grande boxeur que desperdiçou o seu talento; Micky Ward (Mark Wahlberg), seu meio-irmão, é um pugilista batalhador que viveu sempre na sombra. Os dois cresceram nas ruas da operária cidade de Lowell, Massachusetts - Dick foi um herói local e chegou mesmo a aguentar um combate com uma lenda do boxe, Sugar Ray Leonard. Mas perdeu o seu rumo, vivendo para as drogas e deixando para trás os ringues. É então que a família centraliza as atenções em Micky, que, apesar de esforçado, não parece feito para vitórias e quase morre numa luta - uma derrota devastadora que quase põe um ponto final na sua carreira. A sua namorada, Charlene (Amy Adams), consegue que ele se afaste da sua complicada família e deixe Dicky entregue aos seus problemas. Mas quando Micky consegue uma última oportunidade para um derradeiro grande combate, volta a família e volta Dicky...<br />Entre outras distinções, o filme de David O. Russell arrecadou dois Globos de Ouro e dois Óscares nas categorias de melhores actor (Christian Bale) e actriz (Melissa Leo) secundários. PÚBLICO</p>

Críticas Ípsilon

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Luís Miguel Oliveira

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Último Round

Jorge Mourinha

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Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

The fighter

Fernando Oliveira

O que é que se pretende de um filme que quer essencialmente contar uma história? <br />Primeiro, obviamente, que a saiba contar. Ou seja, que o que vemos nos consiga envolver emocionalmente, nos faça “participar” nas vivências dos personagens. <br />David O. Russell; um dos mais valorizados realizadores dos nossos dias, com alguns filmes muito interessantes como “Três reis”, “Silver linings playbook”, ou “American hustle”; consegue com este “The fighter” (até agora, o seu melhor filme) um deslumbrante cruzamento da arte de bem contar uma história; que parece ser só sobre o mundo dos combates de boxe profissionais e da capacidade de cada um se ultrapassar nas dificuldades, mas na verdade é mais um retrato bastante intimista das emoções que o desfazer dos sonhos, que o que vai acontecendo, provocam numa família; com uma extraordinária direcção de actores, onde as personagens interpretadas por Mark Wahlberg, Christian Bale (um desempenho metódico mas arrasador), Melissa Leo e Amy Adams (o que eu gosto desta actriz) nos transmitem de forma perfeita os dramas e as (poucas) alegrias que aquelas pessoas vão vivendo. <br />Com uma competente realização, e uma credível recriação dos anos 90, “The fighter” é um notável filme que nos faz lembrar os grandes dramas clássicos do Cinema norte-americano, onde depois de todas as adversidades, a felicidade possível consegue-se pela força das relações românticas ou familiares. <br />Um filme muito bonito. <br />(em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.pt")
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Muito Bom

Henrique Monteiro

Parece-me que este filme transmite uma mensagem muito importante, uma mensagem que relata um problema constante nas vidas das pessoas: família ou amigos? É óbvio que existe algum aproveitamento e desvalorização de Micky Ward por parte da família, mas chega a um ponto em que isso pára, obviamente devido à influência de Charlene, levando Micky a afastar-se da sua família. Isso, para mim, não me parece algo sério: as pessoas têm que aprender a ver o que é melhor para elas e para todos, mesmo que lhes leve a perder pessoas importantes das suas vidas, mas gostei de uma coisa, que Micky se sente muito ligado à sua família, e consegue arranjar uma forma de equilibrar tudo entre a sua família, o seu amor, os seus amigos e os seus interesses e objectivos da vida. Considero este filme muito bom pela forma como consegue pegar num enredo simples, o relato da vida de um pugilista, e transformá-lo num drama tão poderoso, nomeadamente no seio de uma família numa pequena comunidade. Acho que pegar em algo simples e transformá-lo em algo grande é sinal de grande profissionalismo no mundo do cinema, e por isso, este filme é, sem dúvida, um dos melhores deste ano. Além do grande enredo, devo dizer que adorei as interpretações de todos os actores deste filme: Mark Wahlberg (Micky Ward), Christian Bale (Dicky Eklund), Amy Adams (Charlene) e Melissa Leo (Alice Ward), assim como todos as outras, sendo estas as mais relevantes. Estão todos de parabéns.
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A Família de The Fighter

Andre Bianchi

Definir "The Fighter" como um filme de ou sobre boxe é, não apenas injusto, como limitativo de sobremaneira. Porque nele o mundo do boxe não é o tema principal - longe disso! Este consiste sim, em sonhos vencidos, nos constantes desafios, nas segundas oportunidades e, acima de tudo, no próprio conceito de família e todo o tipo de relações que nesta se desenvolvem - de inspiração, de proteção, de confiança, de realização pessoal própria e dos outros e onde não existe um "eu" mas apenas um "nós". Com uma química de cast notável, onde todos são excecionais - desde uma pungente Melissa Leo [lembram-se dela de "Frozen River" e com o qual foi nomeada para o óscar de melhor atriz?], a um [novamente] notável body-of-art de Christian Bale, passando por uma Amy Adams cheia de garra e longe dos ares Disney a que nos habituou e sem esquecer Mark Wahlberg, na melhor interpretação da respetiva carreira e a fazer o contraponto perfeito à performance de Bale - sim, por estranho que pareça ele está mesmo bem - passando por um argumento extremamente bem escrito e complexo e uma realização irrepreensível, The Fighter é, sem dúvida, um dos melhores filmes do ano, tocante, comovente e, acima de tudo, inspirador! Muito Bom!
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Jake La Motta vs Micky Ward (?)

David Bernardino

Com produção do próprio Mark Wahlberg que tornou este filme possível por razões pessoais, David O'Russel realiza uma espécie de biografia do pugilista Micky Ward (Mark Wahlberg), mais precisamente a sua transição de besta para bestial numa idade improvável de 31 anos. Somos presenteados com um drama por vezes rebuscado que vai beber dos clássicos dos finais dos anos 70 tentando apresentar uma realização e feel semelhantes, senão iguais. Os temas estão lá todos: o drama num pano de fundo urbano, as crises familiares, a pobreza, a droga e o dinheiro que é necessário para salvar a familia. E a tarefa de Micky não está fácil já que tem que suportar às costas o peso de uma familia de 7 irmãs, bem como da sua mãe Melissa Leo que faz aqui um papel bastante bom enquanto manager do pugilista. No entanto o verdadeiro spotlight vai para Christian Bale no papel do irmão Dicky Eklund, o viciado em crack hiperactivo treinador de Mark Wahlberg. Tendo como intenção ressuscitar os clássicos do género, quer em tema quer em diálogo, The Fighter até faz um bom trabalho, não tão bom como Million Dollar Baby, mas um bom trabalho. Os diálogos estão bons, a realização está boa, tudo está bom. O verdadeiro problema de The Fighter é que Christian Bale é um actor de tal maneira bom que a sua interpretação (sublime, como em todos os seus filmes sem excepção) eleva demasiado a fasquia e faz com que tudo o resto pareça normal e sem sal. Ele está realmente a tornar-se num Al Pacino/De Niro desta geração. Ao pé de Bale, tanto Melissa Leo como Amy Adams, ambas nomeadas para óscar de melhor actriz secundária, passam relativamente despercebidas. E o mais grave acontece quando o próprio Wahlberg, a suposta personagem principal, é esquecido pelo espectador e completamente engolido por Christian Bale. Se há aqui algum "suporting actor" é Wahlberg que está a suportar Bale. E isto é uma contradição que não fica bem num filme que se apresenta como um clássico em todos os ingredientes. Mark Wahlberg não o devia ter feito. É humilhante para ele e Bale está apenas a fazer o seu trabalho. É esta discrepância entre as prestações que torna The Fighter um filme frágil, que não consegue capturar o espírito pretendido. Seria o mesmo que num diálogo de Raging Bull entre Joe Pesci e De Niro este último ficar sem resposta de cada vez que o primeiro fala. Micky Ward perde por K.O. contra La Motta. The Fighter não deixa de ser um bom filme, mas não é bom o suficiente. Vale por aquele que já foi referido. Texto publicado originalmente em www.retroprojeccao.blogspot.com
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História e actores valem a pena

Nazaré

Na falta de ideias sobre como fazer um filme diferente sobre boxe, foram buscar mais um exemplo da vida real. Um belo exemplo, diga-se de passagem. E se a história se torna empolgante até à cena da conciliação da namorada com o irmão mais velho, a partir daí entra em piloto automático e perde bastante o interesse. Mark Wahlberg é um bom actor, muito sóbrio sem ser austero, mas quem se distingue são Christian Bale e Amy Adams (os da tal cena), que pertencem a outro campeonato e estão magníficos. Diz-se por aí que aquela família é disfuncional. Nada mais equivocado, pois nesta família existe amor, há união — pode não haver é muito juízo, e há uns toquezinhos de violência sem consequências, mas de disfuncional é que não tem nada.
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