A Tempo Inteiro
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Realizado por
Elenco
Sinopse
Depois do divórcio, Julie (Laure Calamy) faz o que pode para cuidar sozinha dos dois filhos pequenos. A morar nos arredores de Paris, ela faz diariamente um longo percurso de ida e volta de casa para um hotel de luxo da capital, onde trabalha como camareira. E quando finalmente consegue uma entrevista de emprego para uma posição que há muito desejava e para a qual é qualificada – e que lhe proporcionará uma vida economicamente mais estável –, depara-se com uma greve que paralisa todo o sistema de transporte públicos, mergulhando a cidade no caos.
Um drama sobre sacrifício, exaustão e precariedade do trabalho, realizado e escrito por Eric Gravel. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
A Tempo Inteiro. A solidão da corredora de fundo
Retrato de mulher no mundo do trabalho: filme de acção ou thriller, nunca se deixa instrumentalizar pelo exercício. O final é extático.
Ler maisCríticas dos leitores
3 estrelas
José Miguel Costa
"A Tempo Inteiro" (vencedor dos prémios de melhor realizador e melhor actriz no festival de Veneza - para além de também ter arrecadado uns quantos Césares), escrito e dirigido pelo franco-canadiano Éric Gravel, é um filme contagiante por conseguir transformar um "banal" drama de quotidiano (com características de realismo social) num (quase) thriller de acção de ritmo frenético (devido ao modo como o mesmo é filmado - com uma câmara de mão em constante "correria"). A super heroina suburbana "com pés de barro" (mulher branca divorciada com dois menores a cargo) que ingloriamente tenta fintar diariamente uma maratona de obstáculos (tal como um exército de tantas outras "novas pobres dos tempos modernos" - trabalhadoras precárias, detentoras de formação académica superior, incapazes de fazer face às despesas básicas diárias), encarnada pela magnética Laure Calamy, serve de ponto de reflexão sobre uma sociedade urbana desumanizada (povoada por zombies frustrados) em consequência das sucessivas crises económicas artificialmente criadas pelo sistema capitalista.
Enervante, mas boa história 3?
Martim Carneiro
Uma história de uma mulher comum, contada a um ritmo acelerado, enervante. Podia ser a nossa história, das pessoas com quem nos cruzamos diariamente. Retrato bem conseguido da dureza da vida, das dificuldades em viver numa grande cidade como é Paris. Bom filme.
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