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Taxidermia
Título Original
Taxidermia
Realizado por
Elenco
Sinopse
Três histórias. Três homens. Três gerações: o avô, o pai, o filho. Um deseja encontrar o amor, outro o sucesso, e outro a imortalidade. O avô aquece-se no Inverno com a sua prodigiosa imaginação. O pai vive das glórias do passado e busca desesperadamente o sucesso. O filho dedica-se à taxidermia, a arte de empalhar animais, e tem apenas um minuto e meio para conseguir algo que nunca ninguém sequer imaginou.
PUBLICO.PT
Críticas dos leitores
Grotesco e belo. Sobreutdo, visceral (mesmo!).
RITA (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)
TAXIDERMIA<BR/>de György Pálfi<BR/><BR/><BR/>“Taxidermia” é um filme nojento, bizarro e grotesco, feito com um prazer perverso e uma estética tão cuidada que não nos consegue deixar indiferentes. <BR/><BR/>O filme acompanha três gerações de homens de uma mesma família húngara. Três seres aparte, cada um deles com uma estranha relação com o seu próprio corpo. Vendel Morosgoványi (Csaba Czene) é um militar de baixa patente que exterioriza as suas necessidades sexuais da melhor (e mais original) forma que pode, vivendo numa ansiedade obsessiva na quinta do seu superior. O seu filho, Kálmán Balatony (Gergely Trócsányi) pôs a render a sua compulsão por comida em concursos internacionais. Do seu casamento com Gizi Aczél (Adél Stanczel), também ela uma campeã de comida, nasce Lajos (Marc Bischoff), um escanzelado taxidermista, condenado a cuidar do seu pai imóvel e dos seus três enormes gatos. <BR/><BR/>Os dois primeiros actos deste filme, que compreendem, entre outras experiências visuais, a matança de um porco, a ingestão desmedida e o consequente vómito, contêm em si algo de cómico, pelo insólito e pelo trágico das situações. O mesmo já não se pode dizer da terceira parte, marcada por uma aura perturbadora de terror até ao clímax final. <BR/><BR/>Não se lê no argumento de Zsófia Ruttkay e do realizador György Palfi a intenção de chocar sem objectivo. Trata-se antes do retrato de um universo de excêntricos inadaptados, brilhantemente interpretados por todo o elenco, numa visão do corpo até às suas entranhas. Através da exploração física faz-se o caminho para o mundo psicológico destas personagens. Num e noutro, o horror e a beleza convivem lado a lado. <BR/><BR/>“Taxidermia” está muito bem filmado e editado, numa fabulosa fotografia de Gergely Pohárnok, cujo esquema de cores vai perdendo progressivamente o lustro a cada novo acto. Várias cenas prometem ficar registadas na memória: os movimentos de 360º através de um soalho e em redor de uma banheira, mostrando os seus diversos usos; ou um soldado imaginando-se parte de uma versão ‘pop-up’ do conto de Andersen “A Menina dos Fósforos” e abusando da sua inocência. <BR/><BR/>Pornográfico na forma como mostra o organismo nalgumas das suas funções menos agradáveis, “Taxidermia” oscila entre o animal e o humano, entre os instintos primários e o autocontrolo da racionalidade. O sémen, o vómito e o sangue, são ao mesmo tempo símbolos da necessidade de sexo, comida e saúde, ou melhor, dos desejos básicos de amor, conforto e imortalidade. <BR/><BR/>Um filme visceral, literalmente. <BR/><BR/>Não aconselhável a estômagos fracos.<BR/><BR/><BR/>8/10
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