A Sindicalista
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Sinopse
Um filme biográfico sobre uma situação vivida pela inglesa Maureen Kearney. Representante sindical de uma multinacional especializada em energia nuclear, em 2012 decidiu denunciar um segredo que abalou o Governo e a indústria nuclear francesa, de modo a defender 50 mil postos de trabalho. Após as suas revelações, Maureen foi ameaçada diversas vezes até ter sido agredida e violada na própria casa. Depois de fazer queixa na polícia, é dado início a uma investigação que, após uma reviravolta inesperada, faz com que ela deixe de ser vista como vítima para ser considerada suspeita.
Com realização de Jean-Paul Salomé (“Arsène Lupin - O Ladrão Sedutor”, “Agente Haxe”), segundo um argumento seu e de Fadette Drouard, este drama estreou-se no Festival de Cinema de Veneza e adapta a obra homónima escrita pela jornalista de investigação de Caroline Michel-Aguirre. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
A Sindicalista. Uma mulher contra os presidentes
Um filme estranho, porventura desequilibrado, mas capaz de inventar uma forma singular de falar das zonas de penumbra da política europeia contemporânea.
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3 estrelas
José Miguel Costa
"A Sindicalista", do realizador francês Jean-Paul Salomé, é um thriller politico biográfico algo tépido (quiçá, pelo facto do seu potencial suspense sofrer um revés ao termos acesso ao desfecho do caso alvo de denúncia desde os primeiros minutos, sendo os eventos prévios, que levaram até aquele momento, contados através de longos flashbacks) sobre uma destemida mulher que teve a ousadia de afrontar os intocáveis do Sistema. Vencedor do prémio de Melhor Filme na mostra Horizons de Veneza, baseia-se na inacreditável história verídica de uma sindicalista de uma multinacional especializada em energia nuclear (Maureen Kearney, irlandesa radicada em França) que, em 2012, denunciou (ingloriamente), por forma a tentar salvaguar 50.000 postos de trabalho que se encontravam sob a sua alçada, um ultra-milionário esquema de corrupção envolvendo a China e as mais altas esferas políticas francesas. Após as suas revelações passou a ser alvo de constantes ameaças, que culminaram na concretização de uma violação de cariz sexual no interior da sua própria habitação. Todavia, a inerente investigação policial conseguiu a proeza de transformar a vítima em suspeita, abalando, desse modo, toda a sua credibilidade profissional. Esta obra (com uma abordagem marcadamente feminista), como seria expectável, agiganta-se por ser a inigualável Isabelle Huppert a encarnar esta ambígua personagem multifacetada (simultaneamente forte/rígida e frágil).
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