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A Substância

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Comédia, Terror 141 min 2024 M/16 31/10/2024 GB, FRA

Título Original

Elizabeth Sparkle foi, em tempos, uma grande estrela de cinema. Mas os anos passaram e já só lhe resta dar a cara a um programa televisivo de aeróbica. No dia do seu 50.º aniversário, é dispensada do programa por já não corresponder aos critérios de beleza e fica devastada. Ao ter conhecimento de uma substância que replica as células do corpo, rejuvenescendo e aperfeiçoando a pessoa que a toma, decide testá-la. É assim que se vê desdobrada em Sue, uma versão de si própria muito mais nova e atraente, cujo corpo alternará com o seu a cada sete dias. Mas o procedimento é complexo e as regras têm de ser seguidas à risca, o que fará com que Elizabeth depressa perca o controlo da situação.

Co-produção entre França, Reino Unido e EUA, esta combinação de terror e "body horror" tem realização, produção e argumento de Coralie Fargeat (também responsável por Vendeta) e foca-se nos perigos da fama, da indústria do entretenimento e da cosmética, assim como na incapacidade da sociedade actual em lidar com o envelhecimento.

Prémio de melhor argumento na 77.ª edição do Festival de Cannes (onde se estreou), arrecadou também o People's Choice Award em Toronto e no Motelx recebeu o prémio do público. Com Demi Moore e Margaret Qualley como protagonistas, este filme conta também com a participação de Gore Abrams, Edward Hamilton-Clark e Dennis Quaid. PÚBLICO

Sessões

Críticas dos leitores

São todos Harvey

Nuno

É um filme singular, apesar das inspirações notórias em filmes do Croenenberg ou no "Shining". O que mais acaba por fazer espécie é que naquela fantasia toda parecem ter-se esquecido de escrever personagens masculinas que não fossem representações cartoonescas. Tratam os personagens masculinos como repugnantes como se a origem dos problemas das mulheres do filme não fossem as próprias expectativas e a ansiedade com o mundo à sua volta.

Todos os homens são "Harveys" a comer camarão de forma abjecta? Ou como o vizinho que mudou o discurso queixoso quando viu a Sue? Ou como o Fred iludido a entregar um papel encharcado de água suja, quando podia rasgar outro, a uma mulher que ele tinha como uma das mais bonitas que já viu…

A insistência em bater nessa tecla caricatural do patriarcado não é representativa da realidade e tira-lhe alguma imersão. No resto a secção final é demasiado longa para a mensagem que já tinha sido passada…

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