<p>Se no «No Country for Old Men» dos Cohen Brothers vemos um Tommy Lee Jones que não sabe lidar com uma América que o está a ultrapassar de forma abissal, neste filme temos uns tipos à maneira, daí o Stand Up Guys, que conseguem lidar melhor com uma América que ficou paralisada no tempo dos anos 70 e 80 e que tem dívidas a ajustar com eles próprios, uns com os outros e com a sociedade que os rodeia. Daí surge uma premissa muito interessante de uma saída de prisão que é uma entrada para a morte e uma noite, na qual, lembrando Xerazade, Pacino vai tentar não impedir o amigo de o matar, mas de uma forma mostrar-lhe tudo aquilo que ainda podem ser e acordar Walken do seu torpor violento e social/familiar. <br />Neste filme mostra-nos igualmente que existe um país para velhos e que estes devem demonstrar as suas capacidades e viver dignamente e mesmo o seu oposto, ilustrado pela personagem de Arkin. <br />Comandado por um Walken subtilmente mortífero, é um filme que regenera os «velhotes» e que tenta limpar um pouco a ideia do «dumb bad guy» das audições RICO e através deles ensina-nos que por vezes quando não se tem nada a perder pessoalmente, apenas se pode perder os que nos rodeiam e esses são sagrados. Um bom filme. </p>

Com pistola e Viagra não há gangsters velhos. Bom filme sem pretensões e por isso mesmo se vê muito bem. Os velhotes são excelentes.