Ainda antes da (re)consagração do "western" pela Academia de Hollywood - na sua vertente ecológica e conscienciosa por Kevin Costner ("Danças com Lobos") ou na versão sombria e terminal por Clint Eastwood ("Imperdoável") -, já Lawrence Kasdan revia o género através de "Silverado". O procedimento assemelhava-se, aliás, ao que tinha feito antes e viria a fazer depois: tinha revisitado o filme negro em "Noites Escaldantes" e iria ainda rever o melodrama com "French Kiss", a comédia sofisticada com "Amar-te-ei até te Matar" ou o manifesto geracional em "Os Amigos de Alex". Interessa-lhe sobretudo trabalhar o lado lúdico do género, o que lhe limita as ambições por excesso de deslumbramento cinéfilo. Aqui, quatro "cowboys" juntam-se para libertar a cidade de Silverado da opressão dos "outlaws". Um deles é Kevin Costner, que aqui se desforra de Kasdan depois de ter desaparecido da versão final de "Os Amigos de Alex" - onde fazia precisamente de Alex, o morto. PÚBLICO