Siga a Banda!
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Com uma bem-sucedida carreira, o maestro Thibaut Desormeaux era um homem realizado e de bem com a vida até ser diagnosticado com leucemia. Durante os exames para encontrar um dador de medula óssea compatível, descobre ter sido adoptado e que tem um irmão chamado Jimmy que vive no norte de França
Jimmy é um trabalhador fabril modesto e um pouco rude que, como passatempo, toca trombone numa banda filarmónica. São claramente diferentes, excepto numa única coisa: o seu gosto pela música. Quando o maestro da banda de Jimmy se despede sem dar satisfações, Thibaut aceita dirigi-los. É assim que os dois irmãos se tornam grandes amigos e se vêem a recuperar o tempo perdido.
Nomeado para oito Césares, os mais importantes prémios do cinema francês, este drama tem realização de Emmanuel Courcol, que escreve o argumento com Khaled Amara e Oriane Bonduel. Benjamin Lavernhe e Pierre Lottin assumem os papéis principais. PÚBLICO
Críticas dos leitores
Siga a banda!
Fernando Oliveira
Produzido por Robert Guédiguian, "Siga a banda!” deve muito às comédias operárias do cineasta de Marselha, filmes sobre o povo, gente limitada pela vida que lhes calhou, mas tão rica em humanidade (“Marius e Jeanette”, “As neves do Kilimanjaro” e “A casa junto ao mar”, são exemplos magníficos). É isto que o filme de Emmanuel Courcol (o primeiro que dele conheço) herda: a ideia de um cinema popular de recorte social e um tema agora poucas vezes abordado, as diferenças de classe e de como elas nos “obrigam” e “prendem” ao nosso lugar na sociedade, como definem a nossa identidade (lembrei-me também de “A vida de Adéle, capitulo1” do Kechiche).
Thibaut é um jovem maestro e compositor parisiense, idolatrado pelos melómanos, a quem é diagnosticada leucemia e que precisa um dador de medula óssea; por isto descobre que a sua irmã não é sua irmã e que ele foi adoptado, descobre também que tem um irmão, Jimmy, no nordeste de França; uma estória portanto sobre dois homens que não sabiam da existência do outro, filhos da mesma mãe mas crescidos em ambientes muito diferentes. Jimmy, o irmão, trabalha numa cantina e toca trombone na Banda Filarmónica local; e é a música que os aproxima (Jimmy adora jazz e tem um “ouvido” espantoso), mas também a música que os afasta (Thibaut pode “descer”, Jimmy não consegue alcançar o mundo do irmão - a sua arrogância é premiada com um “balde de água gelada”).
O filme vai puxando para dentro dele aquilo e aqueles que circulam pela vida de Jimmy – a banda filarmónica, a namorada, a luta das pessoas da vila para impedir que uma fábrica encerre – e depois traz o “Bolero” de Ravel de vida de Thibaut para a vida daquela gente. A composição que, diz-se no filme, foi inspirada no barulho repetitivo de trabalho de uma fábrica é usada por Thibaut para tentar reerguer emocionalmente aquelas pessoas que perderam o seu emprego. E se no fim voltamos a ouvir o “Bolero” num “pico” emocional que parece um enleio entre os dois irmãos, entre os dois mundos, o que sentimos é que sublinha ainda mais o “abismo”.
A estória é tão doce como amarga. O filme sabe abraçar o melodrama. É um filme simples nas suas formas mas construído como uma tela rica em pormenores, contado num ritmo ágil, pode não procurar o estremecimento mas não deixa de nos perturbar, e com dois actores, Benjamin Lavernhe e Pierre Lottin, que nos impressionam. E faz-nos chegar uma lágrima ao canto do olho, e isso é sempre muito bom. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")
Siga a Banda
IP
Uma comédia?....baseada em asneiras/palavreado que levam à risota de quem acha piada a asneiras. Básico. Fim à Hollywood previsível. Se o público francês gostou e o Fígaro também estão ao mesmo nível. Achar piada a asneirolas é típico de crianças/adolescentes com horizontes limitados e um recurso fácil para ter êxito usado por alguns "realizadores". Daria 1.
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