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Rodin
Título Original
Rodin
Realizado por
Elenco
Sinopse
Com os primeiros anos de carreira marcados pela rejeição, Auguste Rodin (interpretado por Vincent Lindon) apenas começou a afirmar-se no panorama artístico em 1880, quando o Estado francês lhe encomendou a obra "Porta do Inferno" para o Museu de Artes Decorativas de Paris. Baseada em passagens de "A Divina Comédia", de Dante Alighieri, a obra, iniciada em 1880 e finalizada apenas em 1917 (ano da morte de Rodin), é composta por figuras reproduzidas em vários tamanhos. Entre elas estão as suas famosíssimas esculturas "O Pensador", "Ugolino e seus Filhos" ou o "O Beijo". É também nesta época que Rodin conhece a jovem Camille Claudel (Izïa Higelin), que se torna sua assistente. Apesar de ele ser casado, os dois envolvem-se romanticamente. Mas, depois de vários anos de um relacionamento tortuoso, Camille rompe com o mestre, mergulhando numa solidão e loucura que a levarão a um internamento num hospital psiquiátrico até ao fim da sua vida. Apesar do fim da relação com Camille, que terá uma grande influência na sua criação artística, Rodin mantém-se activo. Será com "Monumento a Balzac”, uma escultura encomendada pela Sociedade dos Homens de Letras – onde ele insiste em representar a "persona" do célebre escritor (algo muito mal recebido pelos críticos) –, a transformar Rodin numa referência da modernidade, revolucionando o mundo das artes daquela época.
Com argumento e realização do francês Jacques Doillon ("Vingança de Mulher", "O Pequeno Criminoso", "O Casamento a Três"), um filme biográfico sobre Auguste Rodin, considerado o pai da escultura moderna. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Entre o tacto e a visão
Pedro Brás Marques
Este ano celebra-se o centésimo aniversário da morte de Auguste Rodin, altura ideal para aparecer um biopic do genial escultor. E assim foi, com Jacques Doillon na realização e Vincent Lindon no papel de Rodin. <br />Quem conhece minimamente a vida e a obra do escultor francês, associa-lhe imediatamente o nome de Camille Claudel. Foi uma das suas mais brilhantes aprendizes e com quem partilhou uma enorme paixão que já deu dois filmes centrados nela, antes de alguém se lembrar de fazer um sobre o escultor: Isabelle Adjani deu-lhe vida em “A Paixão de Camille Claudel” ainda ao século anterior não tinha terminado e, mais recentemente, foi Juliette Binoche, em “Camille Claudel, 1915”. Aqui, foi a balzaquiana Izïa Higelin a dar-lhe vida, uma aposta discutível da produção. <br />Mas, em «Rodin», a paixão entre os dois não é a questão estrutural da trama, embora seja importante. Determinante é o processo criativo de Rodin, as suas angústias quer perante a falta de obras, como com a sua execução após uma encomenda. Um escultor trabalha com as mãos e com a vista e Vincent Landon consegue mostrar essa ligação umbilical na perfeição. As mãos de Rodin passeiam pelos corpos macios e nús das mulheres, pelos troncos sujos e rugosos das árvores, pela fria lisura das pedras… Os seus olhos (veja-se o cartaz do filme) são pétreos e objectivos na observação de tudo o que o rodeia, em especial na construção das obras. O trabalho de um criador é solitário e quase egoísta no sentido de que a obra que ele vai querer criar, e fazer nascer, é um filho seu, um ser de pai único. Rodin não era diferente. Apreciava as obras dos colegas, escultores e pintores, mas a sua visão, a sua criação era apenas sua. E essa foi uma das causas para o fim da relação com Camille, que acabaria num hospício. <br />Jacques Doillon, realizador do tristemente belo “Ponette”, apostou não numa narrativa linear mas antes saltitando no tempo e no espeço, durante cerca de dez anos e dum atelier para outro. Para reforçar a ideia de “episódios”, usa “fade out” entre cada secção que está separada por intertítulos, evocando técnicas do cinema mudo. O fio condutor é a composição de dois grandes trabalhos de Rodin, “As Portas do Inferno” baseadas na “Divina Comédia” de Dante, e a escultura de homenagem a Balzac. Os ateliers são impressionantes: pela luz, pela dimensão, pela gama cromática à volta dos brancos, pretos e cinzentos, produzindo uma harmonia visual notável. Aliás, a cinematografia e a fantástica composição de Rodin criada por Vincent Lindon são o melhor deste “Rodin”, um filme que chega a ser enfadonho por vias das discutíveis opções de montagem e pela velha mania europeia dos planos escusadamente infindáveis…
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