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Reviver o Passado em Brideshead
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Adaptação do romance de Evelyn Waugh (que se distinguiu pelos seus retratos da aristocracia britânica), são as memórias de Charles Ryder e a sua relação com os Marchmain e a sua mansão em Brideshead, na Inglaterra nos anos que antecedem a Segunda Guerra Mundial, período em que começa o declínio da aristocracia que vê perder parte dos seus privilégios.
Charles Ryder e Sebastian Flyte conhecem-se na Universidade de Oxford e ficam amigos. Graças a essa amizade, Charles é convidado para conhecer Brideshead e a família de Sebastian, família que o marcará, sobretudo Júlia, uma das irmãs do amigo. Anos depois, durante a guerra, Charles regressa a Brideshead e a uma mansão em ruínas, transformada pelos soldados que a ocupam, e recorda o tempo que aí passou.
Charles Ryder e Sebastian Flyte conhecem-se na Universidade de Oxford e ficam amigos. Graças a essa amizade, Charles é convidado para conhecer Brideshead e a família de Sebastian, família que o marcará, sobretudo Júlia, uma das irmãs do amigo. Anos depois, durante a guerra, Charles regressa a Brideshead e a uma mansão em ruínas, transformada pelos soldados que a ocupam, e recorda o tempo que aí passou.
PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Desta vez quem ganhou foi a série televisiva
Raúl Reis
Foi em 1981 que a vida de um jovem, de seu nome Jeremy Irons, mudou para sempre. Depois de umas séries televisivas menores, Jeremy – que contava então 30 anos – começa a rodar “Brideshead Revisited”, uma série que passou em português com o título “Reviver o Passado em Brideshead”. Este título foi escolhido pois o romance de Evelyn Waugh “Brideshead Revisited” foi assim traduzido em Portugal na sua primeira edição.
Mas voltemos a Jeremy Irons. Quase ao mesmo tempo, o jovem Jeremy começava a rodagem de “The French Lieutenant's Woman”, um filme de Karel Reisz, baseado num livro de John Fowles, com argumento de outro grande nome da literatura, recentemente falecido, Harold Pinter. A conjugação dos dois filmes e das execelentes prestações vão fazer de Jeremy Irons uma estrela de dimensão internacional. Fica também aqui o registo de que o primeiro papel de Irons aconteceu dez anos antes na televisão britânica e tratou-se de um episódio das aventuras de Sherlock Holmes intitulado “The Case of the Mirror of Portugal”.
“Brideshead Revisited" de Evelyn Waugh, é uma das obras-primas da literatura inglesa deste século e a sua transposição para a televisão originou uma das melhores séries televisivas de sempre. Obviamente, a passagem para o grande ecrã tem uma missão impossível dupla: satisfazer os leitores do romance original e os amantes da série televisiva. O filme de Julian Jarrold conta o encontro de Charles Ryder, estudante em Oxford, com a família Flyte. A diferença social entre os dois é esbatida durante uma cena de vómitos – nada como uma boa bebedeira para apertar laços entre colegas. Contudo, Sebastian Flyte, o menino rico, tenta manter Charles afastado da família. As diferenças entre ambos não são apenas relativas ao nível de vida, mas também no âmbito da religião: os Flyte são católicos, numa Inglaterra maioritariamente protestante. Charles fica fascinado pela família Flyte, pela originalidade das pessoas, pelo extremismo, pelo clã que formam.
Mas a relação de Charles com os Flyte vai mais longe; ele passa a ser o vértice de um triângulo (amoroso) que passa a formar com Sebastion Flyte e a sua irmã Julia. Tenho de confessar uma coisa: nunca li o livro, mas adorei a série apesar ser um bocado novo demais para a apreciar na sua globalidade. E por isso a minha primeira reacção quando soube que haveria um filme foi: passaram-se! O romance é considerado uma obra-prima e – se bem me lembro – a crítica era unânime em considerar a série como uma excelente transposição. Julian Jarrold não se deixou assustar (ele que até já contou a vida de Jane Austen no cinema em “Becoming Jane”) e meteu mãos à obra.
O resultado é ambicioso, mas tem falta de intensidade dramática. Apesar de a película rodar durante mais de duas horas, o realizador parece não conseguir decidir muito bem o que quer. Uma opção estranha foi a da fotografia. O segredo do ambiente da série eram os permanentes tons pastel que ajudavam a criar um espírito muito mais consentâneo com os acontecimentos que a belíssima fotografia do filme. Para encarnar os papéis anteriormente entregues a Jeremy Irons (Charles) e Anthony Matthews (Sebastian) foram escolhidos Matthew Goode e Ben Whishaw. Ambos cumprem, mas quem reina sobre o filme é a experiente Emma Thompson no papel da matriarca, juntamente com Michael Gambon, que interpreta o pai, Lord Marchmain. Mas o brilhantismo dos actores não retira o filme da mediana em que Jarrold o colocou nem o salva da inevitável comparação com a excepcional série televisiva.
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A tradução...
alex
A tradução deste filme é muito, mas muito má. Os erros são imensos, muitas vezes distorcendo o sentido das frases. Não será exigível um mínimo de qualidade?
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