Após ter lido os comentários dos críticos do Jornal "Expresso" pensei ir ver um filme com "suspense" e acção que me prenderia ao ecrã do início ao fim. Na verdade, foi uma grande desilusão. Com um argumento pobre e repetitivo, cheio de lugares comuns, o realizador não consegue fazer ganhar simpatia nem antipatia por nenhuma das personagens. Para dizer a verdade deu-me vontade que o mau da fita vencesse no fim dada a estupidez e bondade em excesso da "heroína". Esta adopta uma atitude de salvadora do mundo para pôr em risco a sua vida e a do seu pai, o que me pareceu bastante irrealista e muito mal conseguido. O "suspense" resume-se às cenas de acção na parte final, mesmo esta completamente inacreditável, em que uma gerente de hotel consegue vencer um assassino profissional num combate de igual para igual. Este é complacente para com as tentativas dela do início ao fim, mais parecia um jardim-escola. Pessoalmente não aconselho ninguém a ver este filme.

Foi uma bela surpresa este filme de Wes Craven, onde o realizador procurou enveredar por um "thriller" mais psicológico em vez do habitual derramamento de sangue. No entanto, já não conseguiu fugir às habituais cenas de perseguição desenfreada entre o assassino e a heroina. Muito boa a primeira parte do filme, passada num avião a voar sob tempestade num clima de tensão emocional de cortar à faca, onde o espectador vive o ambiente claustrofóbico da personagem feminina, sem ter por onde escapar com um assassino a controlar-lhe todos os movimentos. Pena que mal o avião toca no solo o realizador se tenha refugiado no estilo onde mais se sente à vontade, visto em quase todos os seus filmes, sem ter acrescentado a este nenhum toque particularmente inovador.

Foi um dos melhores filmes que vi actualmente. Com uma simples história conseguem prender a atenção do espectador. O actor principal, Cillian Murphy, que interpreta a personagem de Jackson Ripner, tem um dos olhares mais arrepiantes e sensuais que se tem visto. Este filme leva a que o espectador comece a tentar adivinhar o que vai acontecer a seguir, mas normalmente somos sempre supreendidos. Para uma boa noite, aconselho um bom jantar e de sobremesa este bom filme.

Fiquei muito triste. No "Expresso", os críticos consideraram este filme "genial e totalmente conseguido" e deram 4 estrelas. Menos mal estes do "Público". O filme é horrível. Nunca na minha vida de cinéfilo e leitor (vejo filmes e leio compulsivamente, além de ser licenciado em Literatura e estar a estudar Argumento) vi um filme com tantos lugares comuns, isto já o avaliando na categoria de "filmes que chegam ao grande ecrã". A estrutura narrativa está bem conseguida mas o conteúdo é inócuo. Tudo já foi visto ou lido. Desde o início do filme que se sabe que vai ser uma perda de tempo. O que desmascara isso talvez seja a música nervosa e esbaforida que inicia mal entram no avião. Por favor, como é que os criticos falam tão mal do "Sin City" (genial e não venham com as arrogâncias de quem tem a mania que percebe de cinema, o que vocês fazem não passa de dar uma opinião bem fundamentada) e depois conseguem sugerir este filme ao público?<br/><br/>Repito: Nunca vi um filme com tantos lugares comuns. Nunca vi um filme tão previsível. Parece-me que a única coisa que se safa é a coerência narrativa e a respresentação de Cillian Murphy (Jack Rippner). É que este filme nem sequer tem uma fotografia apelativa e até é demasiado claustrofóbico para a fraca qualidade da obra. Ninguém quer ficar fechado em espaços pequenos com um filme destes.

Um filme cuja receita já foi vezes e vezes repetida. Não é mau, mas tambem nao é bom. Entretem.

Pela apresentação do filme, que vi várias vezes, parecia ser espectacular, mas depois de ver o filme fiquei bastante desapontado, esperava melhor... Por vezes, os "trailers" são melhores do que os filmes. Neste caso é.