Ray

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Musical, Drama 152 min 2004 M/12 10/02/2005 EUA

Título Original

Ray

Sinopse

Biopic de Taylor Hackford sobre a vida extraordinária do músico Ray Charles, que nasceu numa pobre cidade da Geórgia, ficando cego muito novo, e que revolucionou a música soul, incorporando nela o gospel, o country e o jazz. Ray traça o seu percurso até se tornar um dos músicos mais conhecidos do mundo. A encarná-lo está Jamie Foxx, no papel que lhe valeu o Óscar de melhor actor. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Ray

Mário Jorge Torres

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"Bigger life" em pequeno ecrã

Vasco Câmara

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Ray

Kathleen Gomes

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Críticas dos leitores

O clone do Ray

Sónia Oliveira

Era o último dos filmes dos Óscars que eu queria ver. "Last but not least!" Quem diria... Quão palerma e ignorante me senti, ao ouvir algumas das músicas e pensar: "é dele?" Pois é... Pois são! Mas o que importa aqui é o filme, certo? Pois bem, gostei muito. O Jamie é inacreditavelmente fantástico. Parece um clone do Ray e o filme é tão cheio pela vida (cheia) daquele senhor, que realmente nem era preciso fazer muito. Mais uma lição de vida, e já é o terceiro dos Óscars que vai mais longe que o "standard entertaining". Não deixem de ver, mas na grande tela, em DVD não vai ter nem metade do peso.
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Jamie Foxx extraordinário

David

Eu fui ver um filme acerca de Ray Charles e apesar de não ter outra referencia biográfica acerca da vida além do próprio filme, fiquei com a perfeita noção do que é a luta interior de uma pessoa que vai contra o preconceito acerca das suas dificuldades. É uma interpretação extraordinária de Jamie Foxx. O filme, apesar de não se poder tornar um clássico (não tem originalidade na essência), cumpre extraordionariamente bem o que se propõe. Para quem gosta de música é absolutamente indispensável, é um filme com ritmo, tanto musical como cinematograficamente. Gostaria de perceber como é que um filme destes recebe uma estrela de todos os criticos - aliás como é que os criticos se afastam tão enormemente em critérios, salvo raras excepções, do público em geral. Filme que crítico gosta, normalmente é um filme chato para o grande público...
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Muito mais do que parece

MárioPro

Que significado terá "Ray" enquanto filme ou denominado "biopic" - talvez pouco ou nenhum se for visto exclusivamente de um ponto de vista técnico cinematográfico. Há no entanto um pouco mais que uma representação biográfica de um artista, neste caso o cantor Ray Charles e a sua contribuição para com a causa anti-racista, o exemplo do "rise & fall" da carreira de muitos músicos e dos seus passeios pelo mundo da toxicodependência, da vida de estrada, entre outras, que, afinal não está assim tão documentada quanto isso. Entrei na sala com a percepção de ir apenas ver e ouvir falar de Ray Charles, no entanto o filme representa muito mais para quem dele conseguir tirar o verdadeiro sumo que se esconde por debaixo do que é fácil ver apenas com os olhos.
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Muito mais do que parece

MárioPro

Que significado terá "Ray" enquanto filme ou denominado "biopic" - talvez pouco ou nenhum se for visto exclusivamente de um ponto de vista técnico cinematográfico. Há no entanto um pouco mais que uma representação biográfica de um artista, neste caso o cantor Ray Charles e a sua contribuição para com a causa anti-racista, o exemplo do "rise & fall" da carreira de muitos músicos e dos seus passeios pelo mundo da toxicodependência, da vida de estrada, entre outras, que, afinal não está assim tão documentada quanto isso. Entrei na sala com a percepção de ir apenas ver e ouvir falar de Ray Charles, no entanto o filme representa muito mais para quem dele conseguir tirar o verdadeiro sumo que se esconde por debaixo do que é fácil ver apenas com os olhos.
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O disco é melhor

Ricardo Conceição

É um filme chato que só vale pela música. Arrasta-se sem qualquer profundidade dramática. Não é um filme, são apenas telediscos intercalados com pedaços da vida de Ray Charles. Fica a sugestão: compre a banda sonora e vá apanhar sol ao som de Ray Charles.
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Delirium

Ana R

Delirei com Ray, redescobri a música de Ray, chorei com(o) ele. Três horas de muita emoção. Fiquei lamechas, pois fiquei! E então?!
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Um tributo diferente

Pedro Maia

"Ray" não é um "biopic" típico. Ou seja, não é um "biopic" típico na medida em que não se trata de um "tributo" de um actor ou realizador a um personagem passivo e reinterpretado, mas sim de uma verdadeira colaboração entre essa personalidade e uma equipa que lhe é devota. Nisto, "Ray" é muito mais igual ao personagem que retrata do que qualquer outro tributo. Ray Charles escolheu o actor, Ray Charles deu os dados para a realização das cenas, incluindo as mulheres, a dependência de drogas, o segregacionismo, os revezes, que foram muitos. E o próprio Ray impediu que se falasse demasiado do seu papel como financiador de Martin Luther King, sabendo-se hoje em dia que foi uma das pessoas que desde a primeira hora mais contribuiu para o activismo do sacerdote (o argumentista Jimmy White viu vários pontos altos da carreira de Ray Charles serem riscados do argumento pelo próprio, como o "spot" para a Pepsi-Cola ou o seu álbum country para a Atlantic, que lhe relançou a carreira).<br/><br/>Ou seja, Ray Charles não se permitiu ser retratado como alguém que foi passando pela vida colhendo alegrias e sofrendo golpes; assumiu que muitos dos seus golpes foram infligidos a si próprio. Daí que surja como primeiro "hit" da sua carreira "The mess around", música extremamente menor do seu repertório, quase não referenciada nas biografias de Ray e mesmo na sua autobiografia referida de passagem. Mas este filme é acerca de soul, e de como o "estado de alma" é mais importante do que os resultados que dele advêm. E foi assim com Ray: tendo aquele momento mágico ficou para ele destinado um caminho que Ray seguiu, tocado por Deus mas com o "típico" negócio com o Diabo, feito numa qualquer encruzilhada empoeirada da Geórgia.<br/><br/>Mesmo o tempo destinado a Mary Anne, que nunca foi um dado importante na vida de Ray, não tendo afectado a sua relação com a sua companheira de sempre, é uma prova de que "Ray" pretende apresentar-nos o Génio em toda a sua realidade, sem julgamentos fáceis, sem planos simplificados das escolhas que ele teve de fazer. Mesmo o segregacionismo é visto através do pragmatismo do autor, com várias tiradas de humor e muita vontade. O lado de "testamento" do filme culmina no final em 1979, com o Estado da Geórgia a reconhecer "Geórgia on my mind" como o hino oficial, num universalismo que se quer sempre para a música: que sirva para unir e não para separar.<br/><br/>Tudo o resto que se possa criticar neste filme (e os habituais "cromos da bola" o farão, sem dúvida, desenterrando um "Bird" aqui, um "Blues Brothers" ali, dizendo que falta qualquer coisa, acrescentando qualquer coisa) é reduzi-lo a um trabalho de actor, mesmo isso não sendo o mais importante, pois Ray Charles insistiu para que o actor nomeado passasse consigo várias horas por dia e andasse cego para compreender as limitações e desafios que isso representava, tendo portanto influência no "método" usado.
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Um tributo diferente

Pedro Maia

"Ray" não é um "biopic" típico. Ou seja, não é um "biopic" típico na medida em que não se trata de um "tributo" de um actor ou realizador a um personagem passivo e reinterpretado, mas sim de uma verdadeira colaboração entre essa personalidade e uma equipa que lhe é devota. Nisto, "Ray" é muito mais igual ao personagem que retrata do que qualquer outro tributo. Ray Charles escolheu o actor, Ray Charles deu os dados para a realização das cenas, incluindo as mulheres, a dependência de drogas, o segregacionismo, os revezes, que foram muitos. E o próprio Ray impediu que se falasse demasiado do seu papel como financiador de Martin Luther King, sabendo-se hoje em dia que foi uma das pessoas que desde a primeira hora mais contribuiu para o activismo do sacerdote (o argumentista Jimmy White viu vários pontos altos da carreira de Ray Charles serem riscados do argumento pelo próprio, como o "spot" para a Pepsi-Cola ou o seu álbum country para a Atlantic, que lhe relançou a carreira).<br/><br/>Ou seja, Ray Charles não se permitiu ser retratado como alguém que foi passando pela vida colhendo alegrias e sofrendo golpes; assumiu que muitos dos seus golpes foram infligidos a si próprio. Daí que surja como primeiro "hit" da sua carreira "The mess around", música extremamente menor do seu repertório, quase não referenciada nas biografias de Ray e mesmo na sua autobiografia referida de passagem. Mas este filme é acerca de soul, e de como o "estado de alma" é mais importante do que os resultados que dele advêm. E foi assim com Ray: tendo aquele momento mágico ficou para ele destinado um caminho que Ray seguiu, tocado por Deus mas com o "típico" negócio com o Diabo, feito numa qualquer encruzilhada empoeirada da Geórgia.<br/><br/>Mesmo o tempo destinado a Mary Anne, que nunca foi um dado importante na vida de Ray, não tendo afectado a sua relação com a sua companheira de sempre, é uma prova de que "Ray" pretende apresentar-nos o Génio em toda a sua realidade, sem julgamentos fáceis, sem planos simplificados das escolhas que ele teve de fazer. Mesmo o segregacionismo é visto através do pragmatismo do autor, com várias tiradas de humor e muita vontade. O lado de "testamento" do filme culmina no final em 1979, com o Estado da Geórgia a reconhecer "Geórgia on my mind" como o hino oficial, num universalismo que se quer sempre para a música: que sirva para unir e não para separar.<br/><br/>Tudo o resto que se possa criticar neste filme (e os habituais "cromos da bola" o farão, sem dúvida, desenterrando um "Bird" aqui, um "Blues Brothers" ali, dizendo que falta qualquer coisa, acrescentando qualquer coisa) é reduzi-lo a um trabalho de actor, mesmo isso não sendo o mais importante, pois Ray Charles insistiu para que o actor nomeado passasse consigo várias horas por dia e andasse cego para compreender as limitações e desafios que isso representava, tendo portanto influência no "método" usado.
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