A Rapariga da Agulha

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Drama 123 min 2024 M/14 13/02/2025 SUE, POL, DIN

Sinopse

Copenhaga (Dinamarca), o ano é 1919. Karoline, uma jovem operária fabril, está grávida e sem ninguém a quem recorrer. No meio do desespero, aceita trabalhar como ama de leite para Dagmar, uma mulher que gere uma agência de adoção clandestina para ajudar mulheres em dificuldades a encontrar lares para os filhos que são incapazes de criar. Karoline acaba por criar laços com Dagmar, até descobrir o terrível segredo que ela esconde. 

Com Vic Carmen Sonne, Trine Dyrholm e Besir Zeciri nos papéis principais, uma história dramática realizada e escrita pelo sueco Magnus von Horn. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

A Rapariga da Agulha: o mundo é um lugar horrível e o filme lambuza-se

Vasco Câmara

O mundo é um lugar horrível... sim, e este filme do sueco Magnus von Horn é uma afectação de copista e de coleccionador, não uma mundivisão.

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Críticas dos leitores

2 estrelas

José Miguel Costa

"A Rapariga da Agulha" (candidato pela Dinamarca ao Óscar de melhor filme internacional, após também ter estado na corrida pela Palma de Ouro no Festival de Cannes), dirigido pelo sueco Magnus Von Horn, é um (melo)drama(lhão) social de época, polvilhado com ingredientes géneros body horror, true crime e suspense. Vagamente baseado em factos reais (em relação à personagem da serial killer infanticida), é-nos apresentado sob a forma de anti-conto de fadas para adultos (sem direito a happy end).

Ambientado na sombria Copenhaga de 1919 (aquando do término da I Guerra Mundial), tem por personagem central uma das muitas mulheres zombies do povo oprimidas pelo patriarcado e sugadas pelo capitalismo selvagem. Neste caso, uma ex-operária fabril, alegadamente viúva (o marido desapareceu na guerra, há mais de um ano), despejada do quarto precário em que morava (por falta de pagamento), e com um bebé do patrão no bucho (indutor do seu despedimento) que terá futuro uma "agência de adopção" clandestina a funcionar numa loja de doces.

Apesar de infernizar-nos com um desesperançoso e hiperbólico folhetim de faca e alguidar (quase gótico) povoado exclusivamente por "feios, porcos e maus" (um patético "circo de horrores"), o cineasta consegue manter-nos "cativos (apenas) pelo olho". De facto, a sua estética lúgubre (algo neoexpressionista), decorrente da opção por uma estilizada fotografia a preto e branco de altissimo contraste (bem como do recurso a constantes close-ups dos diabólicos rostos banhados por sombras), é indiscutivelmente divinal. Uma outra bóia de salvação deste filme é a talentosa dupla de protagonistas (Trine Dyrholm e Vic Carmen Sonne), que personifica a banalidade do mal.

Posto isto, resta-me lamentar a autêntico blasfémia de alguns críticos especializados ao tentar colar esta obra aos universos de David Lynch e Cronenberg (até porque a ter de apelar a Mestres, parece-me apresentar mais resquícios do Haneke).

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A Rapariga da Agulha

Maria Jose fernandes dos Santos

Sordidez aliada a um moralismo básico. Gostei das duas personagens principais (as duas mulheres). Um mundo melhor com este final, eu diria um final simpático no meio de toda a podridão do mundo. O marido de Karolina é uma personagem que valida algum otimismo no filme mas tinha de ser uma personagem "disforme"... um pouco básico este contraste entre os bons e os maus.

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