O protagonista deste novo filme da turma de Winnie the Pooh é o baixinho Piglet, que é excluído de um plano arquitectado pela turma para roubar mel de uma colmeia por ser muito pequeno. Isso deixa Piglet deprimido e ele some. Enquanto Winnie the Pooh e seus amigos tentam encontrar o pequeno companheiro, recordam-se de quantas e quantas vezes Piglet teve participação heróica em episódios envolvendo o grupo. As crianças certamente vão se identificar com o dilema de Piglet, que se ressente por ser pequeno demais para poder ajudar os amigos em suas maquinações. Aliás, “Piglet – O Filme” é uma animação claramente voltada para as crianças menores (com, no máximo, sete ou oito anos de idade): seus protagonistas falam lentamente, repetem as mesmas informações várias vezes e as piadas praticamente se limitam a tropeços, escorregões e quedas (algo que os pequenos adoram). Com isso, é possível que os pais se sintam um pouco entediados durante a projecção, já que o filme não se preocupa em divertir um público mais maduro como algumas animações recentes. Tendo isto em mente, posso dizer que “Piglet – O Filme” é um passatempo agradável e – o que nunca é ruim – que se preocupa em abordar temas como amizade, lealdade e coragem. Embora o desenho use basicamente as técnicas tradicionais, reproduzindo com bastante fidelidade as ilustrações de E. H. Shepard (ilustrador do livro original de A.A. Milne), recorre-se a alguns efeitos digitais em algumas passagens – como as bolhas do banho de espuma do Piglet. A maior parte do desenho foi animada na divisão da Walt Disney do Japão, usando uma equipa com mais de trezentos artistas e técnicos. A banda sonora conta com a activa colaboração de Carly Simon, que assina diversas canções, como "If I wasn't so small" e "Mother's intuition".