Autêntico apátrida, Max Ophuls teve duas etapas na sua carreira em França. No fim da vida, nos anos 50, quando realizou algumas das suas obras-primas mais apreciadas. E nos anos 30, quando fez em Paris quatro filmes extremamente diferentes entre si e que são muito menos vistos. Um deles é "Sans Lendemain", história de uma mulher da alta sociedade que depois da morte do marido é forçada a trabalhar como prostituta num cabaré. Com magnífica fotografia de Eugen Schuftan e cenários de Eugène Lourié, este é um filme de realização requintada. Mas que Ophuls o não é? <p/>Texto: Cinemateca Portuguesa