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Perto Demais

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Drama, Romance 98 min 2004 M/16 20/01/2005 EUA

Título Original

Sinopse

Dia 6 de Maio, às 00h40, no <a href="https://www.tvcine.pt/prog/grelha" target="_blank">TVCine Emotion</a> <br /><br />É a história de quatro estranhos - Anna, Dan, Alice e Larry -, dos seus encontros, atracções fatais e traições, num perigoso jogo de sedução de que ninguém sairá incólume. Anna (Julia Roberts) é uma fotógrafa bem sucedida que, após o seu divórcio, se envolve com Dan, que se torna seu amante mesmo depois de Anna se voltar a casar com Larry. Dan (Jude Law) é um aspirante a escritor que ganha a vida a escrever obituários. Alice (Natalie Portman) é uma jovem que encontra Dan e lhe conta que não tem família, só tem a roupa que traz vestida e que chegou a Londres fugida da América e de um namorado demasiado possessivo. Larry é um dermatologista que começa a jogar à defensiva depois de lhe partirem o coração, magoando todos à sua volta. "Perto de Mais" foi realizado por Mike Nichols, realizador da premiada série "Anjos na América", recentemente exibida na televisão portuguesa. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

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Quarteto de massacre

Mário Jorge Torres

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Críticas dos leitores

Saber amar

Gonçalo Sá - http://gonn1000.blogspot.com

Se ainda há filmes que valem sobretudo pela força dos diálogos e dos actores, então "Perto Demais" ("Closer") é um desses casos, congregando um muito estimável elenco - Julia Roberts, Jude Law, Clive Owen e Natalie Portman - numa adaptação da premiada peça teatral homónima de Patrick Marber. Se a estes promissores condimentos adicionarmos Mike Nichols, um cineasta com provas dadas - desde os emblemáticos "Who's Afraid Of Virginia Woolf" e "The Graduate", passando pela mini-série "Angels in America" - e um considerável "hype" internacional, então "Perto Demais" tem tudo para se tornar numa aliciante proposta cinematográfica.<BR/><BR/>Abordando as ambivalências das relações humanas, sobretudo as fricções entre o(s resquícios de) amor e o sexo, o filme segue o percurso de quatro personagens à beira do abismo, hesitando entre a segurança e desconforto da solidão e a efervescência imprevisível e não raras vezes dolorosa de um contacto mais próximo - por vezes demasiado próximo - com o outro.<BR/><BR/>"Perto Demais" tem sido quase unanimemente incensado devido à sua perspectiva supostamente perspicaz, densa e aprofundada sobre o complexo universo emocional humano, com um enfoque singular acerca das relações assentes no amor e/ou no sexo. De facto, Nichols apresenta um interessante olhar sobre essa temática, oferecendo um trabalho com alguma tensão dramática, apropriadas atmosferas realistas e assinaláveis doses de um cruel humor negro, mas o seu retrato aposta num abrupto niilismo que lança as personagens numa espiral descendente onde a ingenuidade é um mito e a redenção quase tão improvável.<BR/><BR/>Os protagonistas afastam-se da bidimensionalidade que marca muitas obras próximas destes domínios, mas a sua áspera ambiguidade nem sempre as torna em figuras que envolvam especialmente, uma vez que os ambientes do filme, carregados de frivolidade e cinismo, exageram nas doses de negritude e desolação. O trabalho dos actores é meritório, desde as estrelas em ascensão Clive Owen e Natalie Portman - ambos justamente nomeados para o Óscar de Melhor Actor e Actriz Secundários - até aos mais mediáticos Jude Law (ainda assim, o mais inconstante dos quatro) e Julia Roberts (segura e convincente), mas as suas personagens raramente geram empatia, arrastando-se numa avassaladora teia de infidelidade, mentira, ciúme e traição.<BR/><BR/>Muitos têm elogiado "Perto Demais" por ser um raro filme "mainstream" para adultos, a milhas das rotineiras comédias românticas estereotipadas que banalizam a temática das relações amorosas. Contudo, embora o filme de Mike Nichols trate o tema com inteligência e argúcia q.b., não é propriamente um achado nem uma obra tão ímpar como alguns sugerem. Recentemente, muitos outros títulos têm abordado a tensão conjugal de forma não menos subtil, como "5X2", de François Ozon, "Desencontros" ("We Don't Live Here Anymore"), de John Curran ou "Antes do Anoitecer" ("Before Sunset"), comprovando que o género não está assim tão desfasado e não precisa de ser salvo por uma obra como "Perto Demais".<BR/><BR/>No entanto, se encarado com entusiasmo moderado, o filme de Mike Nichols possui, ainda assim, um boa dose de elementos recomendáveis - a acutilância dos diálogos, a entrega das interpretações, as cruas atmosferas urbanas, a música de Damien Rice - proporcionando uma experiência cinematográfica pertinente e interessante, mas sem o fulgor das obras geniais. Classificação 3/5 - Bom.
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Intenso demais!

Fátima Rodrigues

Adorei! Começou por me cativar com a magnifica música de início e com o remate fibnal da mesma, mas durante todo o filme foi cativando com as sucessivas alterações e situações, que na verdade são a vida, o dia-a-dia de quem vive. No final, saí a pensar. Voltei para casa a pensar no filme, na história. Um filme intenso! Fez sentir!
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The closest

Sónia Oliveira

Mais perto era impossível. Mais real era impossível. Mais dramático era impossível. Mais frio era impossível. Só se conclui o que sempre se conclui neste tipo de filmes, que nos fazem ver a realidade bestial e amorfa que há no amor - vale tudo e nada tem de ter uma explicação possível. É assim porque é, porque se sente e porque nunca, nunca se compreende. Para mim, muito mais que em "Erin Brockovich"- a Julia Roberts tem o papel da sua vida. O Jude Law é o mais comum dos homens, ao contrário do eterno galã (que na verdade é...), que sofre e faz sofrer. Já para não falar na Natalie Portman, que é simplesmente magnífica. De qualquer modo, para mim quem mais se enleva é Clive Owen, que dá, a meu ver, o real drama a este filme. Quem mais ganha é o espectador que o conseguir ver. Impossível não gostar.
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Não gostei muito

Nuno

Não gostei muito do filme porque a história não estava à altura daqueles grandes actores:
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Um filme emocionante

Mónica

Adorei o filme, é profundo, marcante. O Jude Law tem um papel à sua altura, a Julia Roberts está muito bem, marca bastante a sua presença. Mas o que mais gostei sinceramente foi da música do início e do fim. A música transmite emoções e sentimentos que muitas das pessoas vivem hoje em dia. Os meus parabéns e obrigada por fazerem filmes diferentes - alias é um filme muito especial…
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Música

rtpam

A música faz justiça ao filme, encaixando-se certamente naquilo que se pensará dos quatro personagens que buscam o sexo como tal. A música é de Damien Rice e chama-se "The Blower's Daughter".
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Vale a pena

Maria

O texto é fantástico e a fotografia iguala-o. As interpretações estão à altura: tinha grandes resistências a Jude Law e acho que o papel lhe assenta. A estrutura elíptica da narrativa traduz a dinâmica do mundo das emoções humanas: tal como no filme, elas surgem e dão lugar a outras, e é o lugar da mudança que marcamos na nossa história pessoal, mais do que os motivos que a provocam. Somos todos estranhos uns para os outros, inclusive para nós e é com base nesta máxima que aquelas quatro pessoas fogem da familiaridade: com o amor, com o outro, consigo próprias. O corolário do tempo bem passado frente à tela é a música de Damien Rice. Aquele "Blower's Daughter" a abrir e a terminar o filme entra-nos na alma. "And so it is..."
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Podem ser só palavras...

Senhora das estrelas

Podem ser só palavras, mas estas tornam-se nas estrelas e fazem as estrelas deste filme. Desde a primeira cena, na qual o cabelo vermelho de Alice, que afinal não é Alice, uma estranha e sempre uma estranha para o espectador, parece brilhar com uma qualquer força interior, desde esta primeira cena que senti que este não ía ser um filme vulgar. Os diálogos são a base de tudo quanto vemos. Aliás, o que vemos é magistralmente mostrado. Como se estivessemos sempre em cima de cada uma das personagens. A sensação de peça de teatro é imensa, realçando-se pela ausência de música de fundo na maior parte das cenas. O silêncio é sepulcral, porque a música é cada uma das palavras ditas. Dos actores, confesso a minha feminina predilecção pelo Jude law, que fazer? Rendi-me há muito. No entanto, há que dizer que o secundário Clive me arrancou mais do que uma sensação da alma... odiei-o e adorei-o.<BR/><BR/>O Jude, tal como a super-estrela Julia, enchem o ecrã de uma forma inigualável, nem precisam representar. Mas, para mim, este filme não seria o que é sem a fabulosa Natalie Portman. Dei comigo a querer ser ela, pela força e pela vulnerabilidade. Por tudo... De uma forma exagerada, este filme retrata a realidade do amor e da busca constante pela felicidade. Creio que cada um de nós se vai rever, numa cena qualquer, numa lágrima qualquer, num grito qualquer, numa palavra qualquer. Simplesmente imperdível...
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Perturbantes seres humanos

Alex Silva

O filme é estranho todo o tempo, não se consegue sentir simpatia nem detestar totalmente os personagens. Os quatro personagens exorcizam as suas frustrações, sucessos e fantasmas usando os outros como escape ou como "saco de pancada". Muito bom, envolvente e um excelente Owen Wilson que dos quatro é sem dúvida o melhor; mereceu o Globo de Ouro, esperemos que tenha o Óscar.
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A não perder

Cristina Santos

Teatro no cinema... Um filme muito, muito teatral, em que a noção de tempo e espaço é dada pelos actores. Sublime! Um filme de relações humanas intensas, de encontros, desencontros e em que a vingaça é cruel. A não perder.
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