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Pela Mão do Senhor

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Thriller 100 min 2001 M/18 07/06/2002 EUA

Título Original

Frailty

Sinopse

O jovem Fenton Meiks (Matthew McConaughey) procura um investigador do FBI, garantindo que tem pistas sobre um conhecido assassino em série. Fenton afirma que conhece a identidade de um criminoso que assina as suas vítimas com o nome “As Mãos do Senhor”. As revelações são surpreendentes para o agente. O jovem não só conhece o assassino, como vive com ele: trata-se do seu irmão mais novo, Adam. Fenton conta ao agente que ele e o irmão sempre viveram felizes com o pai, até ao dia em que este sonhou que fora visitado por um anjo. O anjo ter-lhe-á dito que a missão dele e dos filhos seria destruir “demónios”, pessoas que apesar de serem aparentemente normais estão cheias de puro mal. O pai e o irmão mais novo juraram cumprir esta missão divina, mas Fenton recusa-se a participar nos crimes.

PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

Previsível

Kathleen Gomes

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Críticas dos leitores

A mão do diabo

Ricardo Pereira

O ator Bill Paxton em sua estréia atrás das câmeras soube trabalhar o pesado texto de Brent Hanley com sutileza, nunca apelando para cenas de violência sanguinolentas ou para vísceras espalhadas. A sugestão, portanto, acaba funcionando muito bem, e é um dos trunfos do filme. Outro acerto, obviamente, é o roteiro de Hanley, que, além de assustar e impressionar com diálogos e cenas bastante criativas e macabras, ainda traz uma reviravolta excepcional em seus últimos quinze minutos, ainda que o restante do filme não seja especialmente imprevisível. A história se passa numa cidadezinha do interior do Texas (essas histórias sempre se passam em lugares assim). Fenton Meeks (Matthew McConaughey), depois de ficar sabendo de uma série de assassinatos, vai até a delegacia para contribuir com as investigações. Ele sabe de coisas que podem resolver o caso de um "serial killer" que já fizera seis vítimas. Fenton diz que seu irmão Adam é o responsável pelas mortes. No começo, o xerife local não acredita muito no sujeito, mas vai ouvindo sua história. Para explicar a origem do comportamento de seu irmão, ele conta a história de seu pai (Bill Paxton), que, certo dia, tem uma visão de um anjo que lhe diz que Deus o escolhera para destruir os demônios que invadiam a Terra disfarçados de gente comum. Fenton não acredita no que o pai diz, achando que ele pode estar louco. Já Adam (Jeremy Sumpter), o seu irmão, também começa a ter as mesmas visões. A partir daí, a história começa a se desenrolar de maneira cada vez mais trágica e obscura. A "loucura" do pai de Fenton é capaz de tudo, até mesmo de aprisionar o garoto num porão que ele mesmo cavou, sem direito à comida nem água. A tensão entre Fenton e seu pai cresce cada vez mais, ao ponto deste achar que o filho é mais um dos demônios que ele tem de destruir. Em meio à essa "caça aos demônios", os dois adolescentes acabam participando de assassinatos brutais, executados com um machado no quintal de sua casa. Ainda assim, a quantidade de sangue mostrada pelo filme é mínima. O que o espectador vê são alguns vultos, além de ouvir os barulhos abafados das machadadas fatais desferidas pelo cada vez mais alucinado e ambíguo personagem de Bill Paxton (em algumas cenas chega a lembrar o Jack Nicholson de "O Iluminado" - "Shining" -, de Stanley Kubrick). Como se já não bastasse, o grande suspense criado ao longo da maior parte do filme "Pela mão do senhor" ainda traz em seu desfecho uma reviravolta excelente, capaz de fazer o espectador repensar tudo o que fora visto. O maior mérito dessa reviravolta, no entanto, é que, além de ser coerente, ela é capaz de despertar grandes discussões acerca do comportamento do assassino do filme. Afinal, estaria o "serial killer" realmente seguindo ordens divinas ou tudo aquilo não passa de alucinações de sua mente perturbada pelo fanatismo? O fato do filme ser narrado em primeira pessoa, felizmente, diminui as possibilidades de se saber a verdade ou de se conseguir respostas fáceis às perguntas que nos surgem enquanto sobem os créditos.
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