Joaquim Pinto e Nuno Leonel regressam com aquilo que foi descrito afectuosamente por Luis Miguel Cintra como “um calhamaço, que tudo vem mudar”. Chama-se “Pathos Ethos Logos” e, no texto que escreveu para o dossier de imprensa, o actor e cúmplice dos cineastas define este projecto como “outro grande testemunho de amor à vida, de atenção aos outros, uma grande porta para a renovação das consciências”. A palavra “calhamaço” é usada por várias razões, mas justifica-se perante a voragem quase enciclopédica de um filme que convoca e percorre dois mil anos de cultura e civilização humanas. A imponência e a radicalidade do objecto são esmagadoras: dez horas e 45 minutos de filme repartidos em três partes, uma por cada uma das três personagens femininas que lhe estão no centro. Jorge Mourinha, PÚBLICO