O Ouro e o Mundo
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Ver sessõesOs moçambicanos Domingos e Neusia são jovens, estão apaixonados e partilham sonhos para o futuro. Determinado em singrar na vida, ele decide ir trabalhar para as minas de ouro no norte do país. Enquanto isso, Neusia vai à escola e espera ansiosamente pelo regresso dele.
Co-produção entre França e Portugal, este drama tem assinatura do realizador português Ico Costa (Alva) e foi rodado integralmente em Moçambique. Depois de ter recebido o prémio de melhor longa-metragem portuguesa no festival IndieLisboa, esteve em competição no Festival Internacional de Cinema de Marselha (FIDMarseille), onde recebeu os prémios da Fondation Vacances Bleues para novos talentos e uma menção honrosa do prémio École de la 2e Chance. PÚBLICO
Sessões
Críticas dos leitores
Mau
Gonçalo Amaro
Num mundo em que tudo é alvo de julgamento e em que coisas menos ofensivas são completamente canceladas, aqui está um filme amplamente racista e misógino a ser elogiado por intelectuais woke e a ganhar prémios em festivais ditos progressistas. Ninguém tem dois dedos de testa?
Metáforas
Nuria Vale
Se alguma arte é "créme de la créme", aqui temos um exercício de exotização à moda antiga, que merece ser chamado "borra de la borra".
Voyeurismo oportunista
Lucas
"Venha ver como eles vivem" era o slogan da série italiana de documentários "antropológicos" de exploitation que começou em 1962 com "Mundo Cão" e teve várias versões, incluído "África, Adeus", no qual as tribos Kenyanas Mau Mau são retratadas como canibais, a par de outras tribos africanas que lutam pela sua independência das forças colonizadoras.
Ou seja, farinha do mesmo saco. Para Ico Costa, o prazer cinemático está em disponibilizar-se, qual canal divino, para dar voz a estas pessoas que ele vê como muito exóticas mas muito iguais a ele, muito carentes de serem postas em filme por um branco que só lhes quer o bem. Será que há uma maneira de ver este filme que exclua essa questão? Entre o inócuo e o obsceno, Ico Costa faz uma dança sonsa de tabus e de gestos a meio gás, que nunca reúne coragem para dizer nada e, por isso, não sai da cabeça dele. Talvez um realizador africano devesse fazer o mesmo filme com Ico Costa a protagonizar, e aí teríamos muito em que pensar. Ou não.
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