Os Piores

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Comédia Dramática 99 min 2022 M/12 15/06/2023 FRA

Título Original

Les Pires

Sinopse

Lise Akoka e Romane Gueret, que se estreiam agora na realização de longas-metragens, conheceram-se em 2014, a fazerem uma audição a mais de 400 miúdos para um filme. A primeira obra das duas lida justamente com isso: um “casting” de adolescentes. Neste caso, numa pequena cidade do norte de França, quatro adolescentes do mesmo bairro problemático são escolhidos. Na zona, toda a gente acha que o filme escolheu “os piores” (daí o nome). As vidas destes miúdos serão afectadas profundamente por este trabalho. Com Johan Heldenbergh, Mallory Wanecque, Timéo Mahaut, Esther Archambault e Loïc Pech. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Cinema: Os Piores, a verdade do falso

Luís Miguel Oliveira

As melhores cenas de Os Piores são aquelas que trabalham a dissociação, que instalam uma incerteza sobre a natureza (“ficção” ou “documentário”) do que é mostrado.

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Críticas dos leitores

Estigmas Sociais

Martim Carneiro

Só o cinema francês tem a capacidade de expor em tela os problemas da sociedade actual: um bando de miúdos marginais que ao seu modo exprimem os seus anseios, emoções e os mais recônditos desejos. Retrata a inocência, a maldade, a competição e os vícios de uma determinada faixa etária onde se sente a ausência de afecto e de um pilar familiar. Magnífico filme cuja sensibilidade se encontra nos olhares, nos trejeitos do rosto e nas lágrimas que brotam.

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4 estrelas

José Miguel Costa

"Os Piores", a reflexiva primeira longa-metragem da dupla de cineastas francesas Lise Akoka e Romane Gueret, vencedora do prémio Un Certain Regard no festival de Cannes, é um drama impregnado de realismo social que adopta uma certa estética característica do género documental. Tratava-se de uma metaficção (um filme dentro de um filme) que relata a história do processo de casting (de crianças e jovens actores "semi-marginais"/marginalizados não profissionais) e filmagem de uma película, dirigida por um inexperiente e pouco escrupuloso realizador belga, num bairro social de Boulogne-sur-Mer (norte de França). Foca-se sobretudo na dinâmica relacional estabelecida entre o cineasta (bem como restante equipa de produção) e quatro dos actores seleccionados ("os piores") para representarem os papéis de "si próprios" (seres estigmatizados devido ao contexto socioeconómico em que estão inseridos) Esta obra que se destaca por ser "povoada" quase exclusivamente por rostos (graciosamente) filmados em close up, pretende questionar e/ou criticar, de modo subtil (e sem moralismos panfletários), os limites e as eventuais contradições do "cinema social" que em nome de um (abstracto) conceito de arte explora/expõe as vulnerabilidades daqueles que retrata (o que teoricamente poderá constituir-se como uma espécie de pouco ético "bullying artístico" que, em última instância, apenas reforça e perpetua estereótipos)

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