À beira do século XXI, um grupo de marginais decide formar um comando terrorista, um falanstério para fazer a revolução em Buenos Aires. Depois de ter perdido o emprego, Artemio, um amolador, é salvo do desespero por Dino, um ideólogo marxista, que o convida a integrar o grupo de terroristas com objectivos um tanto ou quanto obscuros. Também fazem parte do grupo Bragueton, um militar desempregado; Domingo Acevedo, um jogador que a mulher abandonou; Don Bachetta, um reformado anarquista obcecado pela utopia libertária; e Eva, uma jovem francesa por quem Artemio se apaixona.
No início, a ilusão, a amizade e o amor pautam a vida do grupo de terroristas, mas depois aparecem as falhas e dá-se lugar à decepção, ao azedume e aos actos humanos mais reprováveis, demonstrando a ineficácia da acção colectiva. É uma farsa sobre a revolução e sobre a vida, com um grupo de figuras quixotescas, sobre a utopia e a eterna dicotomia entre a razão e a fé de continuar a acreditar. "Los Porfiados", segundo filme do jovem realizador argentino Mariano Torres Manzur, ganhou o Prémio de Melhor Filme no Festival de Cinema Independente de Barcelona e foi apresentado na secção "Novos Territórios" do Festival de Veneza.

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