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Red Rooms

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118 min 2023 M/14 07/11/2024 CAN

Título Original

Sinopse

Ludovic Chevalier é acusado de ter cometido três homicídios e de os divulgar ao vivo na deep web, em troca de dinheiro, nos que são conhecidos como “quartos vermelhos”. O seu julgamento, seguido pela comunicação social, prende a atenção da comunidade, muito especialmente a de Kelly-Anne, uma modelo que se torna obcecada por Ludovic e pelos seus crimes. Motivada por fantasias cada vez mais mórbidas, ela tenta a todo custo encontrar um último vídeo: a gravação do assassinato de uma adolescente que tem estranhas semelhanças consigo própria.

Um thriller psicológico com assinatura do canadiano Pascal Plante ("Blue-Eyed Blonde", "Nadia", "Butterfly"), que conta com as actuações de Juliette Gariépy, Laurie Babin, Elisabeth Locas e Maxwell McCabe-Lokos. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Red Rooms: psicopata canadiana

Jorge Mourinha

Prova de resistência ao desconforto paredes-meias com o cinema de género, é uma surpresa: olhar glacial, fascinado, sobre o mal absoluto, com uma interpretação extraordinária no seu centro.

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Críticas dos leitores

Red rooms

Fernando Oliveira

Madrugada, uma mulher dorme ao relento numa rua escura de Montreal. Afinal quer conseguir um dos poucos lugares disponíveis na sala de tribunal onde vai ser julgado Ludovic Chevalier, acusado de torturar e depois assassinar três jovens em vídeos transmitidos em directo de uma red room escondida nos sítios mais obscuros da internet, para uma audiência mórbida que pagará fortunas para assistir.

A jovem mulher está obcecada pelos crimes e repete esta rotina todos os dias, quase sempre sozinha, durante uns tempos acompanhada por uma jovem que acredita na inocência do julgado. Esta mulher, Kelly-Anne, é uma modelo com sucesso, vive num apartamento sombrio e “vazio” num prédio luxuoso, passa muito tempo a jogar póquer online e, ficamos a saber, navega com facilidade pela dark web.

Se depois deste momento inicial, a câmara de Plante passa um bom bocado, durante as alegações acusatórias e de defesa iniciais, num constante movimento pela sala olhando, quase “desorientada” para os advogados, para o acusado, para os pais das vitimas, deixando lá atrás em segundo plano Kelly-Anne, depois do final daquela primeira sessão é só ela que interessa ao realizador.

Nela habita um visível desconforto, uma tristeza que a faz parecer alienada de tudo e de todos, excepto do homem acusado. É uma personagem que nos assusta porque esta obsessão leva-a a fazer coisas que nos parecem medonhas e doentias. No fim perceberemos qual é a intenção de Kelly-Anne, nunca saberemos as suas razões; há nela um “mal” que é visível, mas também é invisível.

Um poço sombrio interpretado de forma extraordinária por Juliette Gariépy, uma personagem absolutamente perturbante. Pascal Plante dá ao filme um peso formal incómodo, um maneirismo às vezes excessivo, mas aquela personagem e aquela actriz tocam-nos bastante. Perturbam-nos.

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