Depois de "Os Idiotas", "A Festa" e "Mifune", surgiu "O Rei Está Vivo", o número quatro do manifesto Dogma 95 fundado por Lars von Trier e Thomas Vinterberg, com a particularidade de ser o primeiro filme do género dogma falado em inglês. O realizador dinamarquês deste filme, Kristian Levring, conta a história de um grupo de turistas que fica completamente isolado no deserto da Namíbia, no sudoeste africano, quando o autocarro que os transportava sofre uma avaria. As onze pessoas são assim obrigadas a refugiarem-se nas ruínas duma cidade fantasma e enfrentar o clima de um dos países mais secos do mundo. Com escassas reservas de comida e água e poucas chances de ser resgatada, a comunidade de viajantes começa a sentir intensamente o isolamento, o desespero da inactividade e o desgaste da convivência. De forma a ultrapassar esta situação de clausura, Henry (David Bradley), um dos elementos do grupo, que é encenador teatral, tem a ideia de ensaiar a tragédia "O Rei Lear" de William Shakespeare. O grupo aceita o desafio. A encenação vai desencadear tensões emocionais, sexuais e raciais - até porque a peça tem algumas semelhanças com a realidade...<p/> PUBLICO.PT