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O Pesadelo de Darwin

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Documentário 107 min 2004 M/12 29/12/2005 FIN, SUE, FRA, CAN, Áustria, BEL

Título Original

Darwin's Nightmare

Realizado por

Sinopse

As margens do maior lago tropical do mundo, considerado como o berço da Humanidade, são hoje o palco do pior pesadelo da globalização. <br/> Na Tanzânia, nos anos 60, a Perca do Nilo, um predador voraz, foi introduzida no lago Vitória, como experiência científica. Depois, praticamente todas as populações de peixes indígenas foram dizimadas. Desta catástrofe ecológica nasceu uma indústria frutuosa, pois a carne branca do enorme peixe é exportada com sucesso em todo o hemisfério norte. <br/> Pescadores, políticos, pilotos russos, prostitutas, industriais e comissários europeus são os actores de um drama que ultrapassa as fronteiras do país africano. No céu, enormes aviões de carga da ex-União Soviética formam um ballet incessante, abrindo a porta a outro tipo de comércio: a compra e venda de armas.<br/> "O Pesadelo de Darwin", realizado por Hubert Sauper, ganhou o Prémio de Melhor Documentário nos Prémios Europeus do Cinema e foi ainda premiado nos festivais de Veneza, Belfort, Copenhaga, Montréal, Paris, Chicago, Salónica, Oslo, México, Angers.<p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

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Mário Jorge Torres

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Luís Miguel Oliveira

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Pesadelo de darwin o grande peixe

Jorge Mourinha

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Críticas dos leitores

Pesadelo no lago Victoria

Nazaré

O título deste filme deriva do que teria sido uma "experiência científica": introduzir um peixe altamente voraz (a perca do Nilo ou Lates niloticus) no lago Victoria, que actualmente é território do Uganda, Tanzania e Quénia mas na altura (finais dos anos 50) era colónia britânica. A realidade é que os cientistas conhecedores da riqueza biológica do lago, e da voracidade deste predador, se opuseram logo a esta ideia, e por isso a introdução foi feita clandestinamente por um funcionário colonial, e ao que parece também pelos governos africanos que se seguiram. Não tem nada a ver com Darwin: foi um projecto económico a longo prazo que hoje produz 500 mil toneladas por ano deste peixe, cuja parte melhor é diariamente transportada em aviões de carga da ex-União Soviética (daí a música que se ouve no genérico), os quais talvez não tenham que voltar vazios, mas com "presentes" para África. O filme documenta em parte o desastre ecológico que os cientistas previram, mas o seu valor maior, e o documento angustiante que constitui, reside no retrato incontornável do desastre humano e social que vive à sombra deste negócio.<BR/><BR/>O documentário é um género cinematográfico que opera num terreno ao mesmo tempo armadilhado e limitativo, mas quando controla bem estas condicionantes, como aqui parece ser conseguido, tem um impacto poderoso. No final da sessão não há sorrisos nem grandes conversas, nem sequer há pressa de ir embora: as realidades, tornadas ainda mais esmagadoras com os dez anos de tempo desde a saída deste filme, em que os acontecimentos mundiais ajudam o espectador de país rico (é o que somos) a ter delas uma consciência mais precisa, são tudo menos "light". Não ver este filme é fazer como a avestruz.
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Cinema manifesto

Aníbal Vicente

É um filme que alerta para os grandes interesses económicos que funcionam como predadores dos povos mais fracos e desprotegidos. Apesar da má "crítica", é um documento fantástico sobre a realidade mundial.
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Obrigatório!

Filipe Feio (uglykidonline.blogspot.com)

Tive a oportunidade de assistir à ante-estreia deste documentário. Venho aqui apenas para o recomendar vivamente, e para o classificar como obrigatório!
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