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O Perdão

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Drama 105 min 2020 M/14 13/01/2022 FRA, Irão

Título Original

Ghasideyeh gave sefid

Mina, uma mulher iraniana, fica desesperada quando é informada de que o marido, condenado à morte algum tempo antes, estava afinal inocente do crime de que fora acusado. As autoridades pedem desculpa e oferecem-lhe dinheiro. Revoltada, resolve não aceitar a compensação monetária e avançar com um processo que limpe o nome da família e evite erros futuros. Quando o dinheiro começa a fazer falta para sustentar a sua única filha, recebe a visita de Reza, que lhe diz querer saldar uma antiga dívida com o falecido. Se, a princípio, Mina se sente desconfortável na presença daquele estranho, aos poucos ele torna-se cada vez mais presente na sua vida. Mas ela nunca poderia imaginar o segredo de Reza.
Com argumento e realização dos iranianos Maryam Moghadam (que também protagoniza) e Behtash Sanaeeha, uma história dramática sobre justiça, arrependimento e perdão que reavalia as terríveis repercussões da pena capital. No elenco estão também Alireza Sani Far, Avin Poor Raoufi e Pouria Rahimi Sam. PÚBLICO

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Críticas dos leitores

O Perdão

Manuela Ramalho

Muito já terá sido dito e escrito sobre este filme. Mas creio que o mais relevante e o que mais impressiona é a dor que fica, derivada da incapacidade de desfazer o mal que foi feito, corrigir o erro cometido. Muitas questões se podem levantar. Fica também a ironia do destino. E a moral da história: há erros irreparáveis e que se pagam com a própria vida. Não há perdão possível. Esteticamente o filme é perfeito, sóbrio, contido, de uma grande beleza. Lindíssima a cena final ao som de Schubert.

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4 estrelas

José Miguel Costa

"O Perdão", produção franco-iraniana dirigida por Behtash Sanaeeha e Maryam Moqadam (também protagonista do filme) é, como quase todas as obras provenientes deste canto do globo, um drama intenso (mas sereno e impregnado de simbolismos, pois há que passar pelo "lápis azul") com múltiplas mensagens politicas criticas (subliminares) ao regime politico-religioso que sufoca os cidadãos do país (nomeadamente, as mulheres).

Um filme corajoso que nos confronta com as questões da pena de morte, da ausência de direitos das mulheres (especialmente, quando estas não gozam da "proteção" de um homem da família) e da liberdade de expressão guilhotinada pelo Sistema.Tendo por base a via sacra de Mina (com uma menor surda a cargo), disposta a remexer mundos e fundos (dentro das suas limitações de género e parca condição financeira), para obter um pedido de desculpa do Estado, pela execução do seu marido por um crime do qual se veio a provar ser inocente. Vale-lhe (aparentemente) a ajuda de um homem desconhecido que (alegadamente) "caiu do céu aos trambolhões".

Destaque para a subtileza das performances da protagonista e do seu "amigo", que carregam nos respectivos rostos os vincos de um sofrimento resignado.

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