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O Astronauta
Título Original
The Astronaut Farmer
Realizado por
Elenco
Sinopse
Desde a infância que Charles Farmer (Billy Bob Thornton) tem apenas um sonho: ser astronauta. Licenciado em Engenharia Aeroespacial e com uma carreira na Força Aérea como piloto, Farmer é o candidato ideal para o programa da NASA, mas devido a um problema familiar é obrigado a abandonar o auspicioso futuro e voltar para casa.
<br/>No entanto, Farmer não deixará que os revezes da vida se intrometam no seu sonho. Durante dez anos e com todos os cêntimos que conseguiu juntar, construiu na sua quinta no Texas o seu próprio foguetão no celeiro, sonhando com o dia em que o lançaria ao espaço.
<br/>A mulher, Audie, os filhos e o próprio sogro ajudam-no nesta missão. Mas, na véspera do lançamento, surge um problema: a compra de combustível para o foguetão atrai a atenção do FBI e da comunicação social. Entre herói renegado que prossegue o seu sonho e um perigo para a segurança pública, Farmer tenta desesperadamente cumprir o seu objectivo de chegar ao espaço e também incutir nos filhos a vontade de nunca desistirem daquilo em que acreditam...
<p/>PUBLICO.PT
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Mr. Farmer
Rui Silvares
O filme começa com uma sequência de imagens muito bela que marca o tom e o ritmo narrativo. É um filme despretensioso, realizado com grande eficácia e com um conjunto de interpretações adequadas. Em suma, um filme a ver se o encararmos sem grandes expectativas. Não sendo uma obra-prima talvez possa surpreender!
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Um telefilme (incredível e irrisório)
RITA (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)
THE ASTRONAUT FARMER<BR/>de Michael Polish<BR/><BR/><BR/>Ainda estou para perceber como é que um grupo de bons profissionais se presta a gastar o seu talento num telefilme enjoativo como “The Astronaut Farmer”. Especialmente tendo em conta as referências dos gémeos Michael e Mark Polish de obras de qualidade como “Twin Falls Idaho” (1999) e “Northfork” (2003). Mas, em vez de um ponto de vista original sobre o poder dos sonhos (na dicotomia entre o seu lado mais inspirador e o mais destrutivo), tem-se um exaustivo conjunto de clichés sobre um herói americano. <BR/><BR/>Charles Farmer (Billy Bob Thornton) é um rancheiro texano, que deixou a sua carreira de engenheiro aeroespacial na força aérea e a caminho da NASA quando uma tragédia atingiu a sua família. Mas o seu sonho de ir ao espaço não desapareceu, e o seu celeiro foi transformado num hangar para um foguetão caseiro. A sua determinação em se lançar no espaço, orbitar umas quantas vezes em redor do planeta e regressar a casa recebe todo o apoio da sua mulher, Audrey (Virginia Madsen), e dos seus três filhos, Shepard (Max Thieriot), Stanley (Jasper Polish, filha de Michael) e Sunshine (Logan Polish, filha de Mark); ignorantes das dificuldades financeiras em que o projecto de Farmer os colocou a todos. <BR/><BR/>Quando Farmer tenta comprar a grande quantidade de combustível necessária para o lançamento, o FBI, a NASA e os media são alertados para este acontecimento surreal, indecisos entre classificá-lo como louco ou como uma ameaça à segurança nacional. Os oficiais da NASA, em concreto, torcem pelo falhanço de Farmer, uma vez que o seu exorbitante orçamento seria alvo de fortes críticas se um simples civil conseguisse fazer o mesmo que eles no seu próprio quintal e colocando o filho de 15 anos a controlar a missão a partir de uma auto-caravana. <BR/><BR/>A realização do argumento conjunto está a cargo de Michael, enquanto Mark interpreta o papel de um dos agentes do FBI enviado para supervisionar Farmer (a dupla mais interessante do filme). Mas aquilo que começa por ser um olhar interessante sobre o dilema entre liberdade e responsabilidade, sobre a dimensão doentia da suspeição governamental norte-americana (especialmente tendo em conta a “impossibilidade de insucesso” que marca a sua filosofia militar), termina num escalar de ingenuidade totalmente incredível. <BR/><BR/>Farmer ignora deliberadamente as necessidades – e as vidas! – que põe em risco, inclusive as da sua família, que, apesar do seu egoísmo galopante se recusa a fazê-lo enfrentar a realidade, uma compaixão que vai para lá do (ir)razoável. A personagem de Madsen, apesar de uns rasgos de personalidade própria, acaba por se auto-anular de uma forma quase dolorosa de assistir. É o homem fazendo os seus disparates infantis e egoístas, enquanto a mulher o desculpa e protege num amor totalmente desequilibrado. <BR/><BR/>Da mesma forma que, para Farmer, o potencial destrutivo das suas acções é irrelevante, ele atingir ou não o seu sonho tornou-se para mim, como espectadora, completamente irrisório. Minto, o seu egoísmo fez-me afastar de tal maneira desta personagem que o seu falhanço começou a desenhar-se como o melhor final de todos. No entanto, tenho algumas dúvidas que fosse essa a intenção dos manos Polish. Um pouco à semelhança dos pioneiros do Oeste Americano, todos os sacrifícios parecem justificáveis face à loucura mortal de um sonho. <BR/><BR/>Muitas guerras começaram por muito menos... <BR/><BR/><BR/>3/10<BR/>
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