Na juventude, o iraniano Hibat Tabib era um homem descontente com o que se passava à sua volta. Determinado a lutar contra o poder que governava o seu país na figura de Reza Pahlevi, o Xá, decide juntar-se a um grupo de resistentes. Por causa disso, foi torturado e preso durante vários anos. Quando, já em 1979, foi posto em liberdade, conhece Fereshteh, uma jovem por quem se apaixona irremediavelmente e com quem vem a casar e ter um filho. É então que, obrigado a fugir devido à recente tomada de poder do Ayatollah Ruollah Khomeini, o líder da Revolução Iraniana que conseguiu depor o governo, o casal decide atravessar as montanhas da Hungria e procurar exílio na Europa. Depois de uma longa e atribulada jornada – mas sem nunca perder o optimismo –, eles vão encontrar o seu lugar em Paris (França). Ali, ao mesmo tempo que continuam a lutar pela liberdade no Irão, vão fazer de tudo para conciliar as diferenças entre os residentes do bairro problemático onde vivem, constituído por pessoas de diferentes nacionalidades e culturas, demasiado habituadas ao conflito.

Estreia na realização do comediante francês Kheiron – que aqui também se desdobra como actor no papel de Hibat, o seu pai –, um filme autobiográfico sobre o percurso da sua própria família. PÚBLICO