Estamos em 1969. A Guiné-Bissau está em guerra com as tropas portuguesas, um conflito que se prolongou até 1974. Confiante na vitória do seu país, Nome (Marcelino Antonio Ingira) deixa a aldeia onde nasceu e a mulher que ama (Binete Undonque), para se juntar aos guerrilheiros do PAIGC escondidos na floresta que, sob a liderança de Amílcar Cabral, lutam corajosamente contra o exército colonial enviado pela Metrópole.

Após a independência do país, declarada em 1973 mas só reconhecida em 1974, Nome regressa a casa e é recebido como um herói. Mas quem ali chega já não é o jovem alegre e idealista que partiu, mas sim uma pessoa amargurada e profundamente marcada pela dor.

Escrita por Olivier Marboeuf e Virgílio Almeida, esta co-produção entre Guiné-Bissau, França, Portugal e Angola, foi apresentada na secção ACID do Festival de Cinema de Cannes em 2023 e tem assinatura do guineense Sana Na N'Hada ("O Regresso de Amílcar Cabral"), que constrói a narrativa misturando imagens ficcionais com material gravado por jovens guineenses enviados, por Amílcar Cabral, para estudar cinema em Cuba, entre 1968 e 1973. PÚBLICO