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Nação Valente

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Guerra, Drama 118 min 2022 20/04/2023 POR, FRA, Angola

Título Original

Sinopse

Em 1974, depois de 13 anos de luta armada em Angola, onde os militares portugueses lutavam contra grupos pró-independência que reivindicavam o território, milhares de portugueses saem do país e regressam a Portugal.
Vencedor do prémio Europa Cinemas Label e do Junior Jury Award no Festival de Cinema de Locarno (Suíça), um drama sobre as feridas da Guerra Colonial, com argumento e realização do angolano Carlos Conceição (“Serpentário”) e fotografia de Vasco Viana. No elenco estão os actores João Arrais, Anabela Moreira, Gustavo Sumpta, Leonor Silveira, Miguel Amorim e André Cabral, entre outros. PÚBLICO

Críticas dos leitores

Nação Valente

Adelaide

O melhor filme nacional dos últimos dois ou três anos, se não mais. Há quem questione certas opções estéticas, julgo que por não chegarem ao último quarto da narrativa, onde todas elas ganham o poder de um soco no estômago.

Estou contente que este filme volte esta semana a ser exibido pois fartei-me de o recomendar e quase nenhum dos meus amigos foi a tempo de o apanhar.

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Nação Valente

Ivone D. Louceiro

Vi este filme há dois dias no TVCINE e ainda não consegui deixar de pensar nele. Como viúva de um militar que sofria de PTSD, reconheço tantas subtilezas nas personagens, tanta verdade na busca da beleza como salvação, tanta poesia na conversa com os mortos.

É um filme que me tinha passado ao lado quando passou pelas salas e não compreendo porquê. Devia ser obrigatório, ainda que seja totalmente alegórico e não se comprometa com nenhum tipo de realismo. Pessoalmente agradeço que assim seja porque me deixo ir mais longe. Mas lembrei-me de tantos outros filmes como o NON de Manoel de Oliveira ou A Ilha dos Amores de Paulo Rocha.

Filmes que dizem a verdade a mentir, mas que são mais reais do que documentários, deixo aqui a toda a gente o apelo para que o vejam como puderem.

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Nação Valente

José Mário Cruz Costa

Um vómito. Um insulto aos militares. Poderiam ter contratado um militar ou ex-militar para assessor (era só mais um a "mamar" e para a caraterização. Um coronel a dar uma aula de ginástica? cabeleiras no exército? Cortes de cabelo tipo "o último moicano", matar um inimigo com uma rajada...não consegui ver e fui vomitar.

Como é que se gasta dinheiro do erário público, subsidiando-se uma coisa tão "sem jeito". Uma bosta.

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Ainda não tinhamos falado disto assim

Adelaide Barreiros

Este filme convida um pensamento que até agora, nas artes nacionais, ainda não tínhamos abraçado. Talvez por ser uma ferida aberta. Ou por ser demasiado recente ainda. Mas É um filme que, através da sua voz única e do seu estilo fora do comum, nos empurra para um estado de alerta em que todos devíamos estar há muito. Levei os meus alunos de uma turma de história e vou ver se ainda levo outro grupo. Aos produtores do filme, os meus sinceros parabéns.

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Vão Ver

Sofia Fernandes

Este filme está na quarta semana de exibição e ainda há pessoas que não ouviram sequer falar. Trata-se de uma parábola sobre a guerra (as guerras do presente e as do passado) enquanto instrumento da manipulação da História, das mentalidades e das culturas. A forma universal como está feito serve para comentar muitos conflitos diferentes, sobretudo os de natureza nacionalista, o que não podia ser mais actual. Mas o pano de fundo, por ser um filme português, é a guerra do Ultramar e a forma como deixou marcas até hoje na sociedade portuguêsa (e nas das antigas colónias, claro). É também um filme sobre como os ideais nacionalistas se assemelham aos de um culto de fanáticos cegos e surdos. Só conhecia este realizador de nome mas fiquei com muita vontade de ver os seus outros filmes que, infelizmente, parecem estar completamente inacessíveis pois não existem em DVD. É por isso que aconselho toda a gente a ver Nação Valente enquanto está em sala. Quando sair não sabemos quando voltaremos a ter a oportunidade, e é um filme importante. Cultural e artisticamente importante.

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Magia

Bárbara

Um filme belo e negro, onde as sombras escondem segredos insondáveis. Não me canso de recomendar mas que pena estar em tão poucas salas e a horas em que ninguém vai ver.

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João Arrais

André Luis Ganâncio

João Arrais é o Montgomery Clift do século XXI. Não há em Portugal outro actor capaz de tamanha vulnerabilidade. A sua presença nesta personagem parece feita de vidro, a inocência e a manifestação da culpa quase palpáveis. É um desempenho de gigantesca subtileza que apenas encontra par no extraordinário papel feito por Anabela Moreira. Isto num filme que, não sendo um filme de personagens, é sem dúvida um filme de actores.

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4 estrelas

José Miguel Costa

"Nação Valente" (prémio de melhor filme europeu no festival de Locarno), do cineasta luso-angolano Carlos Conceição, apesar de embrenhar-se no seio da guerra colonial em Angola acaba por constituir-se, acima de tudo, como uma espécie de alegoria a todos os conflitos bélicos do presente (sobretudo os alicerçados em ideais nacionalistas de extrema direita - como para demonstrar que não aprendemos com os ensinamentos históricos do passado, caindo ciclicamente nas mesmas "ciladas"). Fazendo uso de uma fusão de géneros (drama, terror light e comédia) resulta numa fantasia, impregnada de metáforas (dividida em dois momentos temporais distintos e cruzando duas realidades autónomas), sobre o final da ocupação colonial portuguesa (dado a sua história remontar ao ano 1974, um ano antes da independência de Angola) e as inerentes feridas não saradas que (ainda) subsistem nos colonizados e (ex)colonizadores. Numa primeira fase (de narrativa intensa e que, grosso modo, não passa de um longo prólogo) somos colocados perante as lutas levadas a cabo no terreno por grupos independentistas e a consequente fuga dos portugueses. No "capítulo" seguinte (de ambiência claustrofóbica e altamente estilizada) deparamo-nos com a realidade vivenciada por uma pequena unidade de jovens soldados lusos, às ordens de um coronel tirano, acantonados num acampamento militar isolado do mundo exterior, a aguardar pela invasão alegadamente iminente do inimigo. É difícil dissertar sobre esta obra sem efectuar spoiler (e se o fizer perderá parte substancial do seu impacto, que advém de uma "reviravolta" inesperada), pelo que fico-me por aqui ... mas apelo veemente a que façam um favor a vós próprios e "vejam-no"!

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Rebenta com tudo

Jorge

Há muito que não ouvia tanta gente diferente a elogiar o mesmo filme.

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Nação Valente

Helder Almeida

Já tudo foi dito por comentadores anteriores. Aconselho vivamente ir ver. É daqueles que muito provavelmente reverei.

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