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Luz Natural

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Histórico, Guerra, Drama 103 min 2021 15/09/2022 Letónia, ALE, HUN, FRA

Título Original

Sinopse

Na sua estreia na realização, o húngaro Dénes Nagy focou-se na luta de um camponês húngaro na União Soviética ocupada durante a Segunda Grande Guerra. István (Szabó Ferenc), é um cabo numa unidade que busca resistentes. Um ataque leva-o a tomar o controlo da unidade. O filme valeu a Nagy o Urso de Prata de Melhor Realização na edição de 2021 do Festival de Veneza. PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Dénes Nagy na paisagem dos cinemas de Leste

Jorge Mourinha

A primeira obra do húngaro Dénes Nagy é uma notável experiência sensorial, mesmo que demasiado formalista.

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Críticas dos leitores

Luz Natural

José António Melo Costa Pinto

Registo que alerta do de mais dramático representa a experiência de guerra.

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2 estrelas

José Miguel Costa

"Luz Natural" (coprodução entre a Hungria, Letónia, França e Alemanha), primeira obra (escrita e dirigida) de Dénes Nagy (que lhe valeu o Urso de Prata de Melhor Realizador no Festival de Berlim), é um melancólico filme de guerra dramático (que quase se abstém de recorrer a cenas de acção), cujo enredo se centra em torno de uma decrépita aldeia da Rússia profunda ocupada pelos nazis, encravada entre sombrias florestas e pântanos, durante um inverno agreste do início da década de 1940. Todavia, acaba por focar-se quase exclusivamente no conflito sob a perspectiva individual de um dos seus intervenientes, um enigmático cabo do exército húngaro, uma espécie de anti-herói humanizado vencido pela passividade (e um dos 100 000 soldados desse país encarregados de trilharem o território soviético, enquanto apoiantes do regime nazi, em busca de potenciais bolsas de resistentes). Emerge-nos no processo de desumanização da guerra (sem qualquer julgamento ético e moral) e confronta-nos com a fealdade e crueldade (ou será "apenas" instinto de sobrevivência perante situações extremas?) dos indivíduos de ambos os lados da barricada (não há inocentes, mas, em simultâneo, quase todos são, igualmente vitimas). Fá-lo com eficiência, graças à rigorosa reconstrução de época (os figurinos, acessórios e cenários encontram-se esmiuçados ao pormenor), à excelente fotografia (cujos planos abertos arrebatam com imagens desoladoras, pinceladas de uma negritude que nos induz claustrofobia) e à mestria dos métodos de filmagem (com "uso e abuso" da câmara de mão, que "está sempre sobre a nuca" dos intervenientes; a câmara tremida; e os constantes closes-ups no protagonista). No entanto, tal virtuosismo técnico não é suficiente para compensar o seu ritmo demasiado lento, a quase inexistência de arcos narrativos e até mesmo a frieza emocional (não conseguimos obter conexão - positiva ou negativa - com quaisquer dos seus personagens). Caracterizas estas que acabam por transformar "Luz Natural" numa obra entediante.

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