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Lumière, a Aventura Continua

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Documentário 104 min 2024 M/12 02/10/2025 FRA

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Sinopse

Em "Lumière, a Aventura Continua", Thierry Frémaux (leia a entrevista no Ípsilon), director do Festival de Cannes e do Instituto Lumière, dá continuidade ao trabalho iniciado com "Lumière! A Aventura Começa" (2016), o seu filme anterior. A partir de cópias restauradas, reúne mais obras filmadas pelos irmãos Lumière e pelos seus operadores, revelando um arquivo precioso que documenta não apenas os primeiros passos do cinema, mas também os costumes, os gestos e os olhares de uma época em plena transformação.

Este documentário revela um arquivo único dos primórdios do cinema, funcionando igualmente como um convite à redescoberta do seu poder de comover e de aproximar as pessoas. PÚBLICO

 

Críticas dos leitores

Avanços e retrocessos

J.F. Vieira Pinto

A música de Gabriel Fauré acompanha o cinéfilo nesta viagem ao passado e aos primórdios do cinema. É igualmente uma homenagem a Bertrand Tavernier, o autor de “Round Midnight”. Já estava lá tudo: a “auto-filmagem”; o documentário; a ficção…

Após a invenção da “caixinha” (cinetoscópio), haveria uma enorme necessidade da sua projeção em grande escala. Esta invenção revolucionava tudo. Claro que depois teria de se arranjar, aquilo que hoje se chama “conteúdos”. E, na ânsia de tudo mostrar, porque não filmar em Nova Iorque?! E aqui surgem as primeiras dificuldades impostas pelos norte-americanos. No fim de contas, porque não fazer negócio com “aquela coisa” e criar narrativas mais ao gosto do grande público. A ópera já tinha dado o mote com os seus melodramas. Bastava ao cinema criar novos públicos e…faturar.

Obstaculizaram os operadores de câmara dos Lumière de diversas maneiras e, umas “tarifas” excessivas - onde é que já ouvi isto (?), fariam o trabalho principal: “enxotar “de lá para fora os franceses. Numa visão para o negócio, via-se ali um filão para explorar a saída dos operários da fábrica de Lyon, haveria também de nos inspirar no nosso primeiro filme Português: “Saída do Pessoal Operário da Fábrica Confiança” na cidade do Porto, pelo Aurélio Paz dos Reis. Plágio?! Por estas alturas era e só, preciso mostrar, mostrar, mostrar…

Em tempos de (irritantes) “streamings” & “Séries”, o (péssimo) hábito de visualizar os conteúdos num pequeno ecrã, não é nem mais nem menos que um regresso a 1896… Não precisamos de inventar nada! Já tudo tinha sido inventado: “doc’s” e ficções e mesmo a “selfie”. Basta ver a vaidade com que os operadores de câmara se filmavam durante “as rodagens”, termo que fica até aos nossos tempos pelo simples facto de “dar à manivela”.

Cinema no verdadeiro sentido da palavra é em sala. Haverá espaço para todos? Provavelmente. Uma frase lapidar que nos é dita: “Os americanos criaram Hollywood mas, os Lumière, criaram a nouvelle vague”. Concordo: vai ter de haver espaço para todos. Chama-se a isto, inclusão. Nada ao meu gosto…(****)

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