Uma das obras-primas do cineasta "maldito" que foi Jean Grémillon, um realizador que nada tem a ver com o "realismo poético" de Carné. A partir da história da ligação entre uma ex-dançarina com um aristocrata ocioso, o filme opõe dois mundos, o do ócio e o do trabalho, o da mentira e o da sinceridade, culminando na extraordinária cena do baile, onde o drama explode e desemboca no surto de um novo mundo, sobre os escombros da velha ordem podre. Prévert escreveu o argumento original com Pierre Laroche.<p/> Texto: Cinemateca Portuguesa