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Lucky Luke
Título Original
Lucky Luke
Realizado por
Elenco
Sinopse
Lucky Luke (Jean Dujardin), o cowboy mais rápido do Oeste, tem uma grande missão pela frente: livrar Daisy Town de todos os malfeitores e arruaceiros antes que a grande linha de comboios seja construída. E é assim que o seu destino se cruza com Billy The Kid (Michaël Youn), Calamity Jane (Sylvie Testud), Pat Poker (Daniel Prévost), Jesse James (Melvil Poupaud) e Belle (Alexandra Lamy), os bandidos mais terríveis do Velho Oeste.
Uma comédia realizada por James Huth, que adapta a célebre BD franco-belga, criada em 1946 por Morris, e que nos leva a conhecer as origens do cavaleiro solitário e do seu fiel companheiro Jolly Jumper.<p/>PÚBLICO
Críticas dos leitores
Cowboy mas não muito
Fernando Costa
“Lucky Luke” é a adaptação cinematográfica da banda desenhada e da personagem criada por Maurice De Bevere e seguida por René Goscinny e o resultado é desequilibrado e não está à altura do material que lhe deu origem. O maior problema de “Lucky Luke” é que o realizador e co-autor do argumento James Huth tem dificuldade em manter a qualidade da banda desenhada na versão cinematográfica. O filme aposta em nos mostrar uma possível origem para as personagens da BD. Inicialmente vemos uma sequência que nos mostra os pais de Luke a serem mortos por um bando de homens aos quais Luke consegue escapar “miraculosamente” (define-se assim a sorte que lhe está nos “genes” mas ao mesmo tempo transforma-o numa espécie de Bruce Wayne do oeste). Os planos que se seguem remetem evidentemente para os quadrados da banda desenhada; e se o artifício de recriar as mesmas em filme não animado e no grande ecrã não é despropositado, não quer dizer que o resultado seja particularmente interessante. E aqui começam os maiores problemas, Huth tenta colocar no filme pormenores que fizeram provavelmente de muitos “fãs” da BD mas a Huth não parece interessar que há coisas que simplesmente não resultam no cinema como resultam na BD. Este facto dá a Lucky Luke um tipo de humor demasiado tosco. Os bandidos nunca foram particularmente inteligentes ou bem sucedidos em Lucky Luke e aqui também não o são mas em filme tornam-se ainda mais caricaturas e não se conseguem manter as personagens ao nível que a BD mantinha – até é lógico, o suporte não é o mesmo (referimos o exemplo mais gritante de Billy the Kid, mas o problema não lhe é exclusivo). Depois de estabelecer o mundo de Luke ao estilo BD para pior, Hoth resolver abandonar na porção intermédia do filme a ideia do “lonesome cowboy” e põe Luke a tentar ser chefe de “família”. Outra vez as mesmas palavras: não resulta porque perde-se a interacção entre os vilões e Luke e perde-se Luke que se torna numa espécie de homem domesticado da América dos 50. Quando Huth resgata o filme de volta para o terreno mais próximo da história da BD o filme ganha de novo alento mas já é demasiado tarde. A surpresa ou “twist” final também já não é nova, já foi repetida várias vezes e escrevemos apenas duas letras a comprová-lo: MI. Ao longo do filme notam-se bons valores de produção (o que significa que os recursos existiram). Relativamente aos actores referimos apenas que este Lucky Luke parece sempre demasiado anafado em relação ao Lucky Luke da BD. Pelo resultado duvidamos que Lucky Luke volte tão cedo ao grande ecrã. A ver vamos. * (1/5)
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UMA OPORTUNIDADE PERDIDA
Cristiano Amaro
Eu sou um fã da banda desenhada de Lucky Luke, o cowboy mais rápido do oeste. E foi com grande expectativa que vi o filme de James Huth com Melvil Poupaud no protagonista. Do ponto de vista visual o filme não me desiludiu. A fotografia, o guarda-roupa, a maquilhagem são boas. Toda a ambiência está de acordo com a banda desenhada. Vê-se que a produção foi cuidada, com atenção aos detalhes e que o orçamento foi grande. Infelizmente esqueceram-se do mais importante: a história. Sem um bom argumento não há bons filmes. E este argumento arruína toda a produção. É ilógico, inconsequente, mistura imensas personagens dos livros sem que haja qualquer relação entre elas. O filme nunca se decide entre a paródia aos western e os dramas psicológicos de Luke, que é coisa que nunca vi na banda desenhada. Porque não seguir uma ou duas histórias dos livros e fazer um filme a partir delas. E com os irmãos Dalton e o Ran Tan Plan. O MELHOR: A sequência inicial em que Luke regressa a Daisy Town. O PIOR: A ausência de argumento.
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