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Locke

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Drama, Thriller 85 min 2013 M/12 26/06/2014 EUA, GB

Título Original

Sinopse

Ivan Locke (Tom Hardy) é um homem dedicado à família e bem-sucedido no emprego, na área da contrução civil. Vive e trabalha na cidade inglesa de Birmingham. Tudo lhe corre de feição e dentro dos planos que traçou para a sua existência. Mas, um dia, recebe uma chamada telefónica que vai pôr tudo em causa. Do outro lado da linha está Bethan (voz de Olivia Colman), uma colega com quem teve um caso pontual sete meses antes. Ela diz-lhe que está a entrar em trabalho de parto prematuro. Deixando para trás importantes compromissos familiares e laborais que tinha marcados para o dia seguinte, Locke entra no carro e faz-se à estrada, rumo a Londres, onde o seu filho está prestes a nascer. Ao longo dessa viagem de duas horas, e sem sair do veículo, a sua vida vai alterar-se por completo. Ao telefone, por entre conversas de apoio a Bethan, vai ter de confessar a infidelidade à sua mulher, Katrina (Ruth Wilson), enfrentar a reacção dos filhos à notícia de vão ter um meio-irmão e ainda dar instruções à distância para uma obra a que não deveria ter faltado. Vai também ter de encarar os seus próprios demónios e tomar consciência das vastas consequências daquele "pequeno erro" que cometeu. Quando chega ao seu destino, tudo mudou. Locke é um homem diferente daquele que partiu. E voltar atrás já não é uma opção.
Um intenso "thriller" dramático escrito e dirigido por Steve Knight, argumentista conhecido por "Promessas Perigosas", de David Cronenberg, "Estranhos de Passagem", de Stephen Frears), que se estreou na realização com "Redenção". Exibido fora de competição no 70.º Festival de Veneza, "Locke" foi distinguido nos British Independent Film Awards 2013 na categoria de Melhor Argumento.
PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Quando o telefone toca

Jorge Mourinha

Um filme “de argumentista” que se torna num filme “de actor”, com Tom Hardy a carregar sozinho a história de um homem na encruzilhada da sua vida.

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Críticas dos leitores

Lágrimas enquanto se fala de bola

Nazaré

É costume dizer-se que nas horas difíceis é que se conhecem os verdadeiros amigos. E não é raro que isso leve à conclusão que não se tem nem um sequer. Locke (Tom Hardy) descobre que está rodeado de egoísmo, e é por fazer algo no sentido oposto ao seu próprio egoísmo (porque tem o exemplo do próprio pai) que todos o castigam, sem dó nem piedade. A ideia desta fita está magnificamente realizada, desde a presença do protagonista, da qual não nos cansamos, ao ritmo da narrativa, marcado pelos diálogos ao telefone, e à muito hábil filmagem da auto-estrada, com as imagens reflectidas nos vidros do carro, as constelações de luzes desfocadas, a noite. De vez em quando há filmes assim: que nos mostram ainda haver lugar para o novo, e que os artistas que arriscam o novo têm unhas para arrebatarem o nosso entusiasmo.
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Zero Car Theorem

Art V F

Passa-se tudo dentro de um carro; ou melhor, não se passa rigorosamente nada dentro de um automóvel duma conhecida marca. A ideia, em si, de original também tem muito pouca, para não dizer nada. Relembro aos mais incautos e preguiçosos o genial “Phone Booth”, 2002, de Joel Schumacher, com Colin Farrell e Kiefer Sutherland, esse sim, original e de cortar a respiração de princípio a fim. Este zero theorem automobilístico, mais uma produção britânica infeliz, das muitas que ultimamente inundam o mercado como se fossem cogumelos malcheirosos, não é mais que um sketck (alegadamente) cinematográfico, muito mal conseguido, mas qual filmezeco serie Z. O argumento é banal e desinteressante; dramas familiares que não interessam nem ao menino Jesus, capazes de fazer corar mesmo a argumentista de uma qualquer inenarrável produção telenovelesca brasuca/mexicana.
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Quando um só actor chega e sobra

Nelson Faria

Um bom filme, de orçamento barato. <br />Um actor que vou começar a seguir com muita atenção. <br />É isto que torna o cinema insuperável. Magnífico, soberbo e humano. <br />5 *****
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Locke

José Farinha

Eis um filme que é um livro, uma peça radiofónica, uma peça de teatro, uma exposição e um grande filme. Um filme invulgar que ultrapassa todos os outros pela esquerda. Recomendo vivamente. Afinal, para se fazer uma grande obra não são necessários grandes meios, nem pirotecnia, nem subsídios. Afinal, basta talento. Irá o cinema português aproveitar o exemplo? Fazia-lhe bem.
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Locke

Marcela Monte

Este filme parece feito a régua e esquadro, tanto pelo rigor da realização que não desliza para a pieguice ou sensacionalismo, como pelo rigor de procedimentos que pauta a vida da personagem. <br /> A não perder!
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Maravilhoso!

Márcia

Já vi muitos filmes este ano de muito boa qualidade, mas, como este, nenhum. Um filme, que quando termina, continua, no pensar e sentir de cada um de nós.
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Envolvente

Filomena

Muito interessante este filme. Um filme que vive de uma personagem, mas que tem uma dinâmica fabulosa. Parabéns a Thomas Hardy. <br />Estou curiosa com a opinião dos críticos, mas até agora nada.
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5 estrelas

JOSÉ MIGUEL COSTA

"LOCKE", STEVEN KNIGHT (?????) <br /><br />Uma só personagem (Tony Hardy, que interpreta - de modo soberbo, lúcido e equilibrado- um homem que vamos descobrindo, aos poucos, ser integro, dedicado, honesto e com fantasmas familiares que o perseguem) numa viagem de carro (em tempo real, 85 minutos) a caminho de Londres (para tentar remediar um pequeno deslize, que à partida desconhecemos, cometido sem intenção num passado recente, que colocará em causa, quiçá irreversivelmente, a sua imaculada vida conjugal e profissional) é o suficiente para poder afirmar com convicção que este é provavelmente do melhor que vi em cinema no decorrer do presente ano (e olhem que já assisti muito bons filmes nestes últimos 6 meses). Mais minimalista, intimista e simples (não confundir com simplista) que isto é quase impossível, no entanto, o argumento está tão bem construído (embora retrate um evento perfeitamente banal, sem recurso a grandes "aparatos intelectuais" e/ou reviravoltas no decurso da história) e com timmings perfeitos que durante todo o período de exibição da película sentimo-nos completamente sufocados, inquietos e, não poucas vezes, damos connosco a sofrer a pressão psicológica conjuntamente com o protagonista (tal é a incerteza sobre o rumo dos acontecimentos - e, todavia, sabemos que o mais certo é que nem suceda nada de transcendente).
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Augustus

Augustus

Mas onde andam os críticos do público que não criticam népia?
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Excelente experiência cinematográfica ...

Rodolfo

Porque de facto, assim o foi... Minimalista em termos de cenários, low-budget, mas enorme em qualidade de representação - grande, grande, Tom Hardy, que nos traz uma personagem credível, de emoções, sentimentos, a mostrar-nos algo da realidade -, do argumento, da realização certeira... uma vez por outra, é muito bom sairmos da sala bem-dispostos com o cinema, a acreditar que o cinema não está morto, que o bom cinema ñ precisa de milhões, de efeitos especiais, de grandes cenários. basta um actor de categoria, um script adulto e bem escrito, um realizador inteligente... e temos "Locke"... <br /><br /> Aconselhado !!!
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