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Lady Chatterley

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Drama 158 min 2006 M/16 14/06/2007 FRA, BEL, GB

Título Original

Lady Chatterley

Sinopse

Uma adaptação do romance de D.H. Lawrence, "Lady Chatterley" é a história de Constance, uma jovem mulher que vive dias monótonos, obcecada com o seu casamento e o sentido do dever. Na Primavera, Constance conhece Parkin, o guarda caça do castelo. O filme é a sua história. A narrativa de um encontro, de uma domesticação difícil, de um despertar para a sensualidade nela e um longo retorno à vida para ele. O filme ganhou o Prémio Louis Delluc e cinco Césares (os prémios mais importantes da cinematografia francesa): Melhor Filme, Actriz, Argumento Adaptado, Fotografia e Guarda-Roupa.

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Nazaré

Escrito por um espírito livre (D. H. Lawrence), o romance em que se baseia esta fita oferece-nos duas personagens inesquecíveis, dois solitários cujo encontro num lugar onde só a Natureza era testemunha lhes revela a possibilidade de serem livres para se amarem. Momentos-chave desta evolução são o do primeiro beijo apaixonado e o da revelação mútua dos corpos nus. Quem tem a felicidade de poder amar como se descreve para estas personagens consegue uma espécie de paz interior, que nada consegue destruir.<BR/>O romance original conheceu três versões, e o filme baseia-se na segunda (John Thomas and Lady Jane), que brilha pelo equilíbrio entre temas caros a Lawrence, como a ligação da humanidade com a natureza, e a celebração que é o acto sexual.<BR/>A escolha dos dois actores principais — Marina Hands, bela, delicada e inteligente, Jean-Louis Collouc'h, maciço, telúrico e sensível — é só por si uma vitória. Mas a articulação das cenas e o ritmo da narrativa, que fluem sem sobressaltos, e o contraste com o mundo de mentiras, artifícios e maldades onde habitam todos os outros humanos, são excelentes também. De passagem, não deixa de notar-se a relação de intimidade que se vai construindo entre o marido da protagonista e a enfermeira (dois actores primorosos, Hyppolite Girardot e Hélène Alexandridis). Ele aceita que ela a barbeie, tem-na como secretária...<BR/>A única nota dissonante é a língua francesa. Custa bastante a imaginar que a acção se passa exclusivamente entre ingleses, e quase sempre na Inglaterra. Mas isso não passa dum detalhe, o filme é uma obra-prima. Aliás, uma produção britânica talvez não tivesse a mesma "verdade", com os tiques dos actores e, claro está, a perene repulsa de tudo o que é D. H. Lawrence.
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Uma teoria da Libertação

Luís Palma Gomes

O bom gosto é transversal a todo o filme. A forma bela como conjuga ternura, natureza e sexo merece destaque. Vou colocá-lo na minha prateleira das obras-de-arte.
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É um bom filme?

Alberto Miranda

Achei um filme fraco,com diálogos e postura dos actores que pareciam de adolescentes que estão a descobrir a sexualidade pela primeira vez.Se fosse um filme realizados por ingleses de certeza que a qualidade seria outra.
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O jardim do Éden

Luís Coelho

Não se pode negar que este é um filme belo, de lindas paisagens (formidavelmente fotografadas) e lindas nuances de vitalismo. É um filme intenso no ponto de vista da realização e do erotismo encarnado. Mas não pode deixar de ser dito que o filme é demasiado longo para o argumento em questão. Não advém nenhum bocejo mas por lá perto andamos nesta visão lenta e robusta de um verdadeiro jardim do Éden.
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O amor como ele é

Maria João Diogo

Há no "Lady Chatterley" de Ferran uma puerilidade intrínseca, um inatismo instintivo que descartam tudo o que foi algum dia feito em torno da obra de Lawrence. Sexo despido de sedução, cheio dessa animalidade tão humana que aprendemos a desprezar ao longo da vida em sociedade. Excitação e desejo em estado puro, sem máscaras ou artificialismos, cheios das brincadeiras que vêm com a descoberta do corpo alheio.<BR/><BR/>Esta é a estória de uma Constance e de um Parkin que só uma mulher, francesa e feminista, poderia filmar. Baseado na segunda das três versões que David Herbert escreveu sobre a senhora de Chatterlay ("John Thomas and Lady Jane"), este é um filme cru, no mellhor dos sentidos.<BR/><BR/>Cheio da cor, dos sons (o trabalho de edição sonora é brutal) e dos silêncios do cinema europeu (que tendemos a esquecer, afogados que andamos no hábito do espectáculo americano), "Lady Chatterlay" tem erros, crassos alguns, de planos; há meia dúzia de cortes abruptos e gags de edição. Que não chegam, sequer, para arranhar o trabalho de realização, já que tudo o resto... simplesmente está lá. A construção, crescente, das personagens que se definem no ecrã e que quase à sucapa nos entram pela pele. O riso espontâneo pelas graças inteligentes. As cenas de sexo que se repetem na dose exacta e que são filmadas do ângulo perfeito. As metáforas imagéticas e cénicas que acompanham o enredo sem se tornarem óbvias.<BR/><BR/>Uma corrida pela chuva e um jogo de flores que comovem porque chegam na altura exacta em que já nos identificamos com um casal real, de corpos verdadeiros e vontades reconhecíveis. Um final fiel ao instinto de Lawrence que recompensa a transgressão sem a transformar no proverbial conto de fadas. Brilhante.
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