<p>A 22 de Outubro de 1990, Justin Fashanu entrava para a história do desporto como o primeiro jogador de futebol inglês a assumir publicamente a sua homossexualidade. Essa declaração, feita em entrevista ao jornal "The Sun" e tornada manchete, foi o início do declínio do atleta. A rota de glória alcançada na primeira divisão inglesa, ao serviço de clubes como o Southampton, o Manchester City ou o West Ham, foi interrompida por comentários públicos homofóbicos (incluindo da parte de colegas, que diziam não haver lugar na modalidade para pessoas como ele), discriminação e ameaças. Acabou por emigrar. Nos EUA, já em Março de 1998, foi acusado num caso de abuso sexual. Sentindo que a sua orientação sexual o condenava à partida, voltou a Inglaterra, onde, em Maio desse ano, se suicidou. O seu percurso trágico é narrado neste documentário realizado por Jon Carey e Adam Dark, estreado em 2017. Três anos depois, Fashanu foi homenageado pelo Museu Nacional do Futebol, em Manchester, com a inclusão do seu nome no Hall of Fame. PÚBLICO</p>