Desta vez, Guitry tece variações sobre um dos temas preferidos do teatro francês de boulevard, que ele tantas vezes ilustrou ao seu modo: a infidelidade conjugal, com o seu jogo de aparências, com a vida a prolongar o teatro e a imitá-lo. Desta vez, o amante surpreendido pelo marido, é um actor e ao vestir-se enverga a roupa que usava no teatro: uma batina... Mais uma vez, justifica-se o comentário de Jacques Fieschi sobre Guitry: "porque é que este monstro de uma outra época, em que os criados escutavam as conversas atrás das portas e os maridos tinham cornos, nos parece tão moderno?" <p/>Texto: Cinemateca Portuguesa