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Infame

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Drama 110 min 2006 M/12 23/11/2006 EUA

Título Original

InFamous

Sinopse

No momento da execução, ele apenas me beijou na face e disse "Adios, Amigo", relembra Truman Capote sobre o criminoso condenado à morte Perry Smith. Tudo começou com uma notícia no The New York Times sobre o brutal assassinato de uma família, que levou Capote a viajar até ao Kansas para investigar o crime e torná-lo no tema do seu próximo livro: "A Sangue Frio". Mas a sua inteligência será posta à prova e Capote pagará um preço devastador na sua busca pela verdade e pelas motivações de Smith.

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Críticas dos leitores

Uns furos acima de Capote

Filipe Saraiva

A comparação com "Capote" é inevitável, até enquanto se assiste à projecção. É mesmo bizarra a semelhança entre os dois filmes, o que torna a comparação um exercício interessante. Na minha opinião, "Infamous", sem ser um grande filme, está uns furos acima de "Capote": a interpretação de Toby Jones é mais "natural" (enfim... tanto quanto possível) e a história central é favorecida por um argumento mais bem escrito e mais audacioso (todo o Truman, a sua homossexualidade, a sua "personagem"; o Perry de Daniel Craig). Contra: aqueles depoimentos que não servem para nada (e que estão pelo filme todo) e um final algo formatado.
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Almost InFamous

R. Colaço

"InFamous" surge na ingrata esteira deixada por "Capote", e na semana em que estreia nacionalmente pesa ainda o facto do actor Daniel Craig, um dos protagonistas, ser também a estrela do "blockbuster" do momento - o novo 007. Se, porém e por sorte, e via "bios" ou outros relativos ao próprio Craig, se for parar a este "Infame" (e eventualmente, a este site e a este mesmo texto) continue-se a leitura sem receio de "déjà vu": nem Craig tem um papel minimamente semelhante ao de "bondjamesbond", e nem o filme duplica "Capote". A abordagem é feita num contexto de alta sociedade nova-iorquina mais intensamente filmado, Craig está talhado finissimamente ao papel de Perry Smith, e o elenco é luxo puro: Sigourney Weaver, Isabella Rossellini, Sandra Bullock e Gwyneth Paltrow - esta última num "cameo" excelente como Kitty Dean, remetendo imediatamente a Peggy Lee (e diz-se que em determinada altura era suposto sê-lo de facto, mas a semelhança não era suficiente; a interpretação de "What Is This Thing Called Love", contudo, não deixa de ser impecavelmente feita).<BR/><BR/>A "plotline", sem dúvida, é a de "Capote", como não poderia deixar de ser (são biografias, apesar de tudo): o desenrolar dos acontecimentos no decorrer da escrita de "In Cold Blood" ("A Sangue Frio"), obra prima da não-ficção que tornou o autor de estrela auto-proclamada em autor de renome, tarefa de tal modo grandiosa que foi simultaneamente a maior e a última que Truman empreendeu (o filme insinua o porquê, e refere que, efectivamente, finda sua maior obra, Capote só voltou a escrever pequenos textos e compilações sem grande significado)<BR/><BR/>Vale a pena por todo o trabalho de Tobey Jones (um quase desconhecido que não deve ao Seymour Hoffman), pela reconstituição da época - sobretudo o contraste entre o "glamour" de Nova Iorque, onde Capote flutuava entre estrelas de cinema e lendas da sociedade - a quem chamava "os seus cisnes" - e o Kansas profundo, que na sua pacatez serviu de cenário a um quádruplo homicídio. A motivação inicial de Capote foi essa mesma: o livro começou por ser um artigo para a (também mítica) "New Yorker", sobre o impacte de um crime brutal numa pacata localidade de província onde todos se conhecem. Como quem afirma "we're not in Kansas anymore...".<BR/><BR/>O filme, como não podia deixar de ser, remete para o livro, que se recomenda: Perry White é uma personagem (ou como o próprio afirma, uma não personagem - um ser humano) muito densa que o filme mal aborda. Fica pressentida uma homossexualidade latente, um possível envolvimento com o escritor, mas deixa de parte pormenores importantes que um filme não pode concretizar: as calças estão dobradas não por ser a moda do Inverno de 1963 - Perry tinha as pernas pouco desenvolvidas, e muita vergonha do seu corpo. É um assassino, mas desperta sentimentos suaves: eventualmente, e sobretudo, pena. Que não a de morte - essa sim, um crime a sangue frio. A própria família Clutter (as vítimas) é pouco caracterizada, bem como o agente Dewey - no livro têm grande (e óbvio) protagonismo. Vale a pena ler. E ver. E já agora, rever "Capote".
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