Humpday - Deu para o torto

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Comédia 94 min 2009 M/16 06/05/2010 EUA

Título Original

Humpday

Sinopse

Andrew (Joshua Leonard) e Ben (Mark Duplass) são dois velhos amigos de faculdade que seguiram caminhos opostos: Ben assentou, tem um casamento estável e uma vida pacata, enquanto Andrew continua descomprometido e "bon vivant".<br/> Quando, depois de vários anos, se dá o reencontro, ambos se esforçam por retomar os laços do passado e, a meio de uma noite de copos numa festa privada, resolvem arriscar algo impensável: um filme erótico com eles como únicos intervenientes. Assim, com uma câmara amadora, resolvem participar no Festival Amador de Cinema Porno fazendo um filme que não é pornografia (mas arte), nem homossexual (mas apenas sexo). E, no dia seguinte, sentem que nada os poderá deter. Excepto, talvez, Anna (Alycia Delmore), a mulher de Ben, alguns problemas de identificação sexual e umas pequenas dificuldades técnicas... <p/>PÚBLICO

Críticas Ípsilon

Tanto sentimento!

Vasco Câmara

Será que Andrew e Ben vão mesmo filmar-se num porno gay? Isso, em Humpday é como o “MacGuffin” de Hitchcock: está ali para distrair

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Críticas dos leitores

Humpday - Um “indie” sobre as relações de amizade masculinas e sobre a masculinidade

Fernando Costa

“Humpday” é “indie” de princípio ao fim. Parte e explora uma ideia interessante e consegue ser um filme que vale a pena ver. A história de “Humpday” é simples: dois velhos amigos do sexo masculino, agora na casa do 30, reencontram-se. Um deles, Ben (Mark Duplass), seguiu um caminho de vida “clássico”, casou e tenta agora ter um filho; o outro, Andrew (Joshua Lenord), partiu solitariamente para percorrer o mundo, seguindo uma vida artística boémia mais desenraizada. Quando este último regressa, decide visitar o velho amigo e irrompe pela casa do mesmo a meio da noite imediatamente provocando destabilização no novo equilíbrio da vida do amigo. A chegada de Andrew leva Ben a sair do seu novo ambiente e a revisitar o ambiente de liberdade e de boémia só possíveis na vida de um homem solteiro. No meio de uma fantástica noite boémia da qual Ben exclui in/subconscientemente a sua mulher, surge uma ideia que por despique (típico do comportamento masculino) termina na decisão de realizar um filme de sexo explícito entre os dois amigos heterossexuais. A partir deste ponto joga-se com a "cumplicidade" e a competitividade de uma relação de amizade masculina. É que “Humpday” é um filme sobre essa mesma amizade masculina e sobre a “inata” desadequação do homem para a “castrante” vida doméstica. Mark Duplass dá ao seu Ben alguns toques menos masculinos e existe mesmo uma história de uma atracção física por um homem no passado; se nunca é posta em dúvida a heterossexualidade da personagem, é deixado espaço suficiente para a dúvida, que se calhar em relação ao seu amigo Andrew assola Ben (a ideia do filme explicito é de Ben e vem aparentemente do nada). Andrew "mais masculino”, sem nunca tentar explorar muito o porquê desta ideia (aceita-a tal como aparentemente Ben pelo bem da experimentação da arte) está mais interessado na capacidade do amigo, mais convencional que ele, em conseguir levar este projecto adiante. Aqui joga-se a inata competitividade masculina, também explicitada num jogo de basketball extremante físico entre os dois amigos. E a "fisicalidade" entre os dois amigos está sempre presente ao longo do filme em que estes se tocam constantemente em gestos de camaradagem e de despique. É como uma relação de atracção/repulsão, atracção e repulsão essa que as personagens partilham evidentemente em relação ao projecto que se propõem realizar. A mulher de Bem, Anna (Alycia Delmore) assiste e protesta (com ciúmes de Andrew) contra a nova (velha) fase de experimentação do marido. “Humpday”, realizado por Lynn Shelton de “câmara ao ombro” (aumentando a noção de instabilidade criada pela chegada do amigo), com os actores a improvisarem em certas alturas e com escassos recurso é um filme verdadeiramente “indie”. E se é verdade que o filme se segue com interesse também é verdade que por vezes diálogos e cenas se arrastam mais do que seria necessário e por vezes as reacções dos actores parecem forçadas e não naturais. Relativamente à última cena em que os dois amigos chegam finalmente ao quarto do hotel não vamos estragar o final, aconselhamos antes a deslocarem-se ao cinema mais próximo e a avaliarem por vocês mesmo este ”Humpday”. A ver. **
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