Guerra Civil
Título Original
Realizado por
Elenco
Sinopse
Num futuro não muito distante, os EUA enfrentam a violência de uma guerra civil, com um grupo de rebeldes empenhados em depor o Presidente, que se tornou um ditador e se encontra a cumprir um terceiro mandato. Quando as forças do Texas e da Califórnia se direccionam para a cidade de Washington com intenções de invadir a Casa Branca e tornar refém o chefe de Estado, um grupo de repórteres de guerra tenta chegar antes deles para fazer a cobertura. Mas, no meio do caos que prolifera por todo o território, não demora muito até se verem envolvidos numa luta pela própria sobrevivência.
Um drama distópico com assinatura de Alex Garland, que escreveu o romance “A Praia”, adaptado ao grande ecrã por Danny Boyle, e os argumentos de “28 Dias Depois” ou “Dredd”, e que realizou os filmes “Ex-Machina”, “Aniquilação” e “Men”. O elenco conta com Kirsten Dunst, Cailee Spaeny, Stephen McKinley Henderson, Nick Offerman e o brasileiro Wagner Moura. PÚBLICO
Críticas Ípsilon
Guerra Civil: a implosão americana como atracção de feira
Espalhafatoso e oportunista, Guerra Civil, de Alex Garland, só oferece sensacionalismo oco.
Ler maisCríticas dos leitores
Guerra Civil
João Duarte
Bom filme que prende o espetador, com partes muito bem conseguidas, ao nível da brutalidade e da crueldade da guerra.
Guerra civil
Fernando Oliveira
É tão bonito ver um filme assim, um filme que sabe contar uma história, fazendo-nos “sentir” o que é Cinema, que gosta dos seus personagens, e que nos deixe assim tão perturbados, inquietos como “Guerra civil”, escrito e dirigido por Alex Garland.
Num futuro próximo alguns estados do sul dos EUA declararam a secessão e uma guerra civil eclodiu destruindo as estruturas políticas e sociais do país. O que o filme encena é uma viagem “pela estrada fora” (há muita memória cinéfila neste filme) de um grupo de jornalistas que querem chegar a Washington para entrevistar o Presidente sobre o seu papel no conflito.
É, neste sentido, um filme politico que “interroga” e nos deixa “desconfortáveis” com os tempos que correm. Com os ecos. Mas “Guerra civil” é essencialmente um filme sobre a prática do jornalismo, sobre os conflitos morais e éticos de um grupo de jornalistas intimamente destroçados pela bestialidade dos acontecimentos que acompanham.
Como ficar “distante” da violência e brutalidade que documentam? Mais, até que ponto a “procura” da notícia, do “momento”, justifica “deixar para trás” tudo o resto (é essa a terrível escolha que dois deles vão fazer no ataque no final à Casa Branca - o filme é também o relato de uma passagem de testemunho.).
São estas questões que a fotógrafa Lee (Kirsten Dunst, magnífica numa personagem devastada por “fantasmas” que vêm de trás, “presa” numa tristeza, ela que já viu todo este horror em muitos outros lugares) e o seu colega Joel (Wagner Moura), acompanhados por Jessie (Cailee Spaeny), muito nova, que quer ser fotojornalista de guerra e o veterano do New York Times Sammy (Stephen McKinley Henderson), vão ter de confrontar enquanto vão vendo o colapso do país e a o absurdo da violência que corrompeu toda a gente (“Mas quem está do outro lado”? – Não interessa: “Alguém que dispara contra nós.”).
Como lidar com tudo isto? Cada um com os outros, mas também com os seus fantasmas, sozinho. Questiona os valores do trabalho jornalístico, mas exalta a sua cada vez maior importância. Eis então um filme capaz de nos contar uma história, sabendo-a contar com a linguagem do Cinema, questionando-nos e incomodando provavelmente muita gente, que tem pessoas “lá dentro”.
Um filme que não tem medo de nos encostar à parede e “esmurrar-nos no estômago”. Perturba-nos, portanto. Muito. E isso importa. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")
Inconsistente
Nelson
Uma colagem de cenas violentas, muitas delas gratuitas. Uma nulidade de argumento. Completamente dispensável. O pior filme de Alex Garland. Uma desilusão após o inteligente "Ex Machina".
Tribunal de Haia já!
Rui Zink
Grande filme, grande carrossel de feira, o melhor de Alex Garland a seguir a "Ex-Machina". Sempre pertinente. E creio que Luís Miguel Oliveira devia ser julgado no Tribunal de Haia.
4 estrelas
José Miguel Costa
O primeiro blockbuster da produtora de cinema independente A24, "Guerra Civil", escrito e dirigido pelo inglês Alex Garland, é uma espécie de saga "on the road" pelo território dos USA tomado por um avassalador conflito bélico interno, levada a cabo, num futuro distópico próximo, por quatro "guerrilheiros da informação" (de três diferentes gerações) munidos de máquinas fotográficas.
Esta obra tem polarizado as apreciações dos críticos de cinema. De um lado da barricada encontramos aqueles que (tal como eu) ficaram siderados pelo vigor da acção e da inerente espectacularidade visual; do outro lado estão os que "dizem cobras e lagartos" da narrativa, alegadamente abstrata e vazia de conteúdo, devido à inexistência de um mínimo de contextualização, explicação e racionalização sobre a guerra em curso (e efectivamente, nem sequer chegamos a perceber a natureza das facções em conflito, bem como as suas motivações).
No entanto, a posição destes últimos, por certo, alterar-se-ia se deixassem de percepcioná-la exclusivamente como um filme de guerra e passassem a encará-la como uma (bela) homenagem aos jornalistas (e mais concretamente aos fotojornalistas) que, muitas vezes, colocam em risco a sua própria vida com o objectivo de conceder-nos o "tal furo jornalístico". Destaque-se o magnetismo performativo do carismático Wagner Moura.
O Pior filme que já vi
José Luso
Argumento péssimo. Incomodativo, brutal, sem princípio, sem sequencia. Uma cópia do Apocalypse Now completamente falhado.
Bujarda civil
Jorge
Filme aproveitador dos dejetos trumpistas torna-se, como estes, um atentado à inteligência dos comuns mortais (espetadores) tal a catrefada de disparates regurgitados. Tudo muito sem nexo, desde a idiotice dos repórteres até uma Washington D.C. mergulhada na guerra civil mas feericamente iluminada como se fosse Dia de Ação de Graças. O presidente perdeu a vida, você não perca o seu tempo.
Um filme de série B
Paulo Lisboa
Fui ver o filme porque achei o argumento potencialmente interessante. Achei o filme algo decepcionante. Se bem que as prestações dos actores sejam competentes e uma outra cena de acção, satisfazerem, o resto do filme é relativamente pobre. O filme só se percebe na sua plenitude para quem tenha lido o argumento previamente, caso contrário o filme soa a vago, impreciso e com uma história a roçar o básico.
Estamos perante um filme que não passa de um filme de série B, com o que isso tem de limitado. Numa escala de 0 a 20 valores, dou 11 valores a este filme.
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