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Freedomland - A Cor do Crime

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Drama, Thriller 113 min 2006 11/05/2006 EUA

Título Original

Sinopse

Durante a noite, num subúrbio de classe baixa em Nova Jersey, uma mulher entra a cambalear nas urgências com vestígios de sangue no corpo. Depois de receber tratamento para recuperar do estado de choque, Brenda (Julianne Moore), relata ao detective Lorenzo Council (Samuel L. Jackson) que foi forçada a abandonar o carro numa zona isolada, que separa o bairro rico onde vive de um bairro mais pobre. No entanto, durante o interrogatório, Council desconfia de que ela não está a contar toda a verdade. E Brenda acaba por confessar que o seu filho de quatro anos estava a dormir no bando de trás do carro. Mas a criança desapareceu. Os conflitos raciais podem estar na origem do crime.

PUBLICO.PT

Críticas dos leitores

Investigar nunca é fácil

Nazaré

Um garoto de quatro anos, branco, desaparecido. Isso é a realidade; se ele está morto, quem foi o culpado, onde se encontra, é o mundo de todas as especulações. E porque aconteceu em Armstrong Houses, bairro de New Jersey povoado por negros encaixado entre dois de brancos, essas especulações são explosivas. Samuel Jackson faz o papel dum polícia de investigação que pertence ao bairro, conhece todos dentro dele e tem algma aceitação como agente da lei (afinal, são tudo boas famílias), e que vai tratar de descobrir a verdade neste caso. Recorda-me outro papel que desempenhou há anos, o do professor em "187", pela desesperante situação que representa tomar o partido da legalidade, do rigor na aplicação dos regulamentos, da ordem, da contenção e do diálogo. É como tentar fazer equilíbrio sobre a ponta dum lápis.<BR/><BR/>Junto com Julianne Moore (a mãe do miúdo desaparecido) e Edie Falco (quase irreconhecível em comparação com Mrs. Tony Soprano, a fazer de activista dum movimento cívico), e com uma excelente galeria doutros actores, Jackson tem mais uma presença brilhante. Mas foi a realização de Joe Roth (um conhecido produtor) que me impressionou mais: é um delírio acompanhar o trabalho com a iluminação, o rasgo de originalidade na preparação da maior parte das cenas, onde apesar de escapar às convenções coordena os meios humanos ao seu dispor impecavelmente. Veja-se por exemplo a cena entre Jackson e Moore, a sós num quarto com vista para a repressão policial: tudo aquilo sabe a novo, tudo está feito com um profissionalismo e uma eficiência que deliciam.<BR/><BR/>Outro aspecto curioso deste filme é começar pelo caos, um caos que tanto é o das mentes das personagens como do colectivo do bairro marginalizado, e que aos poucos, à medida que a especulação se vai reduzindo, vai dando lugar à ordem.
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Desperdício de fortes interpretações

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

Brenda Martin (Julianne Moore) entra nas emergências de um hospital em estado de choque e com as mãos cobertas de sangue, dizendo que o seu carro foi roubado perto de Armstrong Houses, um bairro social de negros. Lorenzo Council (Samuel L. Jackson) é o detective encarregue da investigação, ele próprio oriundo de Armstrong. À beira da histeria, Brenda acaba por dizer que o seu filho de quatro anos, Cody (Marlon Sherman), se encontra no banco de trás do carro. Ao saber da notícia, o irmão de Brenda, Danny Martin (Ron Eldard), detective na cidade vizinha de Gannon, parece querer precipitar a resolução do caso, e rapidamente um destacamento da polícia de Gannon (maioritariamente branca) cerca o bairro de Armstrong, proibindo os residentes de sair até que o criminoso seja preso.<BR/><BR/>A tensão no bairro vai aumentando, à medida que chegam cadeias de televisão para cobrir o caso. Lorenzo vê-se pressionado entre o bairro que conta com ele e o seu dever profissional para com Brenda, sobretudo porque sente que esta não lhe está a contar toda a história. Para o ajudar, conta com a colaboração de Karen Colluci (Edie Falco), a líder de um grupo que procura crianças desaparecidas.<BR/><BR/>"Freedomland", cujo argumento foi adaptado por Richard Price, autor do livro no qual o filme se baseia, ambiciona levantar questões fortes sobre as relações raciais, a responsabilidade parental, a dor e a culpa. Mas Joe Roth parece estar tão desesperado por dizer algo que, no processo, se esquece do que pretende realmente dizer. A falta de consistência da história é evidente no pouco tempo dado ao conflito em Armstrong, como se este fosse apenas um pano de fundo, e ficamos sem acompanhar devidamente o crescendo de raiva e tensão que se vai criando.<BR/><BR/>Samuel L. Jackson tem aqui uma interpretação emocionalmente honesta, a sua intensidade dirigida ao exterior contrastando com a abordagem introvertida de Julianne Moore. Apesar da sua personagem despertar pouca compaixão, Moore domina a complexidade das suas várias dimensões, algumas mais tortuosas. E Edie Falco ("Sopranos"), como uma mãe em sofrimento, orgulhosa da sua lealdade com o filho desaparecido e da sua teimosia em não continuar com a sua vida. A cada uma destas actrizes é dado um forte monólogo, perturbante e desconfortável.<BR/><BR/>Mas todo este esforço dramático é desperdiçado em falhas como arcos de personagens deixados em aberto ou o pouco sentido que faz Lorenzo tirar tempo a uma investigação urgente para ir ver o seu filho à cadeia. Percebe-se que a cena tem o propósito de mostrar a auto-recriminação pelo seu insucesso como pai, mas fica-se com a sensação de ter sido filmada sem saber onde iria ser encaixada. E é esta a ideia geral com que se fica de um filme que tem mais olhos que barriga.<BR/><BR/>Quem tenha prioridades mais urgentes no cinema (Aviso: vão ver o "The New World" de Terrence Malick) poderá deixar "Freedomland" para trás sem remorsos. Nota: 2/5.
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O que vai para além da realidade

Joana Vieira

Filme com muita acção, com mentira mas um enredo bem construído. Muito bom trabalho da Julianne Moore e do seu poder de convicção.
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Fraco

MR

Fraco. Muito fraco. Fez-me recordar o sol que na altura inundava as ruas de Lisboa. Nem D. W. escapa.
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