Este filme deixou-me desiludida. Tenho um amigo que, após eu ter comentado que tinha gostado muito do "Inside Man", me disse que eu teria de ver o "Firewall", que era muito melhor. Pois... melhor... Desilusão: o "Firewall" esteve cheio de acção, efeitos, mas sem surpresas. Foi o filme típico de acção do herói pai de família salvador do clã. O H.F. já parece um pouco cansado, mas parece continuar o mesmo. O problema foi o argumento, achei pouco absorvente, repetitivo. Não vi nada de novo, achei até um pouco cansativo. Quem quiser ir ver, não vá com expectativas de ver uma grande produção, só porque está lá o H.F. É tudo, acho que até fiquei cansada só de pensar e escrever sobre o filme.

Confesso antes de mais que tive alguma dificuldade em ver o filme até ao fim, o que já não me acontecia há algum tempo. Não porque ele seja apresentado de uma forma de tal maneira calma que dá vontade de gritar "mexam-se", mas porque de facto não traz nada de novo. O aspecto da segurança informática é tratado como lixo, os acessos são sempre fáceis, as visitas à sala do "mainframe" de alguém estranho ao banco, mesmo que acompanhado por um elemento da casa, são de uma facilidade assustadora, como pobre é também todo o desenrolar do filme, a chantagem psicológica é uma fragilidade confrangedora, o espasmo de alergia ao amendoim não corresponde à realidade e as caras de desespero dos sequestrados não convencem ninguém. Para colmatar, o carro da funcionária despedida que não andava passou a andar à velocidade da luz a partir de certa altura.<BR/><BR/>No fim só faltou aparecer "E viveram felizes para sempre ... under the firewall protection". Desculpem-me a eventual acidez do texto, mas apeteceu-me como disse sair antes do fim mas, como o vi até ao seu final, tive uma vontade incrível de perguntar em que sala estava em exibição "O Infiltrado".

Mais um "thriller" sem nada a acrescentar. Não é de cortar a respiração mas dá para passar o tempo.

O argumento até podia ter resultado, não fosse a produção tão sofrível. Há falhas monumentais em todo o "script"; o desenrolar da história vai-se suportando numa sucessão de factos e ocorrências tão simplificados, e tratados de uma forma tão ligeira, que o filme quase se transforma em ficção científica... Nem o final, que é tratado à boa maneira de "e viveram felizes para sempre", salva o filme! O elenco, com a honrosa excepção do protagonista, é também muito sofrível. Salva-se, de facto, o super-actor Harrison Ford, que demonstra não ter perdido o jeito, nem o ânimo para este tipo de "thriller". Enfim... a ver se e quando não houver nada melhor! E nesta categoria de filme há neste momento um muito bom em cartaz: "O Infiltrado".