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Finais Felizes
Título Original
Happy Endings
Realizado por
Elenco
Sinopse
Mamie está a ser chantageada por um realizador que diz conhecer o filho que ela deu para adopção. Mas recusa-se a apresentá-los a menos que ela o deixe filmar esse momento. Javier tenta convencê-lo a filmá-lo antes a ele. Charley namora há muito tempo com Gil. Pam e Diane usaram o esperma de Gil para tentar engravidar e têm agora um filho de dois anos. Elas dizem que não é de Gil, mas é muito parecido com ele. A vida de Jude anda às avessas e quando a expulsam de casa resolve envolver-se com um homem rico. Ela pensa que é só mais um, mas acaba por se apaixonar... Um filme sobre o amor, a família e os imprevistos da vida.
PUBLICO.PT
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Mais vale uma massagem
Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)
Mamie (Lisa Kudrow) faz aconselhamento numa clínica de abortos. O seu meio-irmão, Charley (Steve Coogan), é gay e vive com Gil (David Sutcliffe). Pam (Laura Dern), a melhor amiga de Gil teve recentemente um filho com a sua namorada Diane (Sarah Clarke). Charley está desconfiado que o filho do casal lésbico é de Gil. Otis (Jason Ritter) trabalha no restaurante de Charley, toca bateria numa banda e está a tentar lidar com a sua atracção por homens. Jude (Maggie Gyllenhaal) torna-se vocalista da banda de Otis e envolve-se com o pai dele (Tom Arnold), com claras intenções de dar o golpe do baú. Nicky (Jesse Bradford) é um aspirante a realizador que vê em Mamie a oportunidade de fazer um documentário para a escola de cinema. A chantagem de Nicky com Mamie mexe em coisas do passado que ela prefere deixar intactas, por isso oferece o seu namorado Javier (Bobby Cannavale), um massagista mexicano, como tema alternativo.<BR/><BR/>Todo eles mentem, todos têm pena de si próprios, todos se sentem perdidos. Felizmente, Don Roos - “The Opposite of Sex” (1998) e “Bounce” (2000) - tem a preocupação de que não seja o espectador a perder-se nesta rede de relações. Mas o seu cuidado torna-se excessivo quando divide o ecrã para incluir dados que ele considera importantes para a história (a maioria deles são completamente irrelevantes, tendo apenas o efeito reflexo da piada).<BR/><BR/>A originalidade acarreta riscos e, neste caso, o que deve ser explicado pela própria história, ou deixado à interpretação de cada um, é, de uma forma intrusiva, explicado com comentários laterais que desviam a atenção da história que decorre na outra metade do ecrã. É fácil ver imagens com comentários em "off", outra coisa completamente distinta é ter de ler os comentários e ouvir/ler (legendas) tudo ao mesmo tempo, uma vez que ambos actuam sobre a parte do cérebro que lida com a linguagem.<BR/><BR/>Mais do que arrojado, este recurso de Roos surge como uma bengala. Desnecessária, porque o trabalho de construção das personagens está lá e conseguimos perceber as suas motivações (mesmo que não chegue a criar-se uma verdadeira empatia). Apesar disso, tem o mérito de colocar os actores em registos diferentes dos habituais. É o caso de Lisa Kudrown (que já tinha entrado em “The Opposite of Sex”), apesar da sua versão morena não ser nem metade de convincente da versão loura burra. É também o caso de Tom Arnold, num registo de sensibilidade e ternura. Maggie Gyllenhaal é perfeitamente convincente numa Jude auto-destrutiva. Mas a interpretação mais forte, porque mais complexa, acaba por ser a de Jesse Bradford, mesmo à custa de um humor morno.<BR/><BR/>O termo "happy endings" tem um duplo significado. Além do imediato “final feliz”, ambicionado por todos, refere-se também ao prazer sexual ("happy ending") dado pelos massagistas aos seus clientes. Quanto ao filme “Happy Endings”, é previsível, e sabendo como sabemos que os finais, se são mesmo finais, nunca são felizes... atrevo-me a sugerir, como alternativa, uma boa massagem. Nota: 5/10.
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Gay in L.A.
António Cunha
Outro filme que intersecta histórias diversas, desta vez abordando as voltas e reviravoltas nas vidas de gays e lésbicas, num contexto urbano – Los Angeles. Gostei da forma que o realizador apresenta as suas personagens, dividindo a tela em duas – de um lado, a imagem, e, do outro, uma barra preta, com texto sobre cada uma delas. A realização é pulsante, contudo Don Roos peca por não ter feito um "casting" à altura da história. Dois actores desajustados – Steve Coogan (Charley) e Jesse Bradford (Nicky). Laura Dern, logo no seu regresso, é subaproveitada. O motivo de maior destaque no filme é Maggie Gyllenhaal.<BR/><BR/>Esta actriz, irmã do também fabuloso Jake Gyllenhaal, oferece-nos uma interpretação sensacional no papel de Jude, uma cantora substituta numa banda rock. Ainda por cima canta muito bem! A banda sonora também mistura outras boas canções dos Calexico. Nota: 2,5/5.
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Gay in L.A.
António Cunha
Outro filme que intersecta histórias diversas, desta vez abordando as voltas e reviravoltas nas vidas de gays e lésbicas, num contexto urbano – Los Angeles. Gostei da forma que o realizador apresenta as suas personagens, dividindo a tela em duas – de um lado, a imagem, e, do outro, uma barra preta, com texto sobre cada uma delas. A realização é pulsante, contudo Don Roos peca por não ter feito um "casting" à altura da história. Dois actores desajustados – Steve Coogan (Charley) e Jesse Bradford (Nicky). Laura Dern, logo no seu regresso, é subaproveitada. O motivo de maior destaque no filme é Maggie Gyllenhaal.<BR/><BR/>Esta actriz, irmã do também fabuloso Jake Gyllenhaal, oferece-nos uma interpretação sensacional no papel de Jude, uma cantora substituta numa banda rock. Ainda por cima canta muito bem! A banda sonora também mistura outras boas canções dos Calexico. Nota: 2,5/5.
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