Uma montagem de cerca de duas centenas de rostos, apresentados fugazmente numa panorâmica vertical que simula uma repetida sensação de queda no vazio; os elementos que compõem esta “cascata de rostos” interpelam-nos com o seu olhar e com as suas expressões, assim como as figuras com que nos cruzamos quotidianamente nas ruas de uma metrópole como Nova Iorque. Num filme que Halpern considera parte do movimento L.A. Rebellion, estas imagens são ainda combinadas com um episódio narrativo que levanta questões relacionadas com a violência policial, o racismo e a dificuldade de criar uma criança negra nos Estados Unidos da América (temáticas que voltará a explorar já em 2022, com I Tremble/8:46 sobre George Floyd). Texto: Cinemateca Portuguesa