Toda a gente sabe que as sequelas raramente ultrapassam o original, mas quer queiramos quer não, temos sempre a curiosidade e a esperança que sejam melhor, por isso vamos vê-las!! Mas como sempre saímos do cinema dizendo "..mas por que é que eu vim? Eu já sabia...".O Terminator 3 é um filme completamente vazio de argumento, em que tentam completar esse vazio, como sempre, com efeitos especiais, e neste acho que exageram um "bocado", pois é do princípio ao fim. Por isso penso que não há mais nada a dizer deste filme, pois só veio "estragar" os outros dois! Só espero é que não comecem a vender em dvd uma caixa com os três filmes, ainda se pensa que é uma trilogia!!!

Esperemos que os Terminators tenham terminado. Os senhores críticos bem podiam ajudar a escolha dos filmes pelos leitores usando, além do sistema de estrelinhas uma percentagem filme/videojogo. 5/95 para o T3, isto é, 5* filme, 95* videojogo. O leitor decide se vai ao cinema ou se vai buscar a playstation. Outros indicadores interessantes podiam ser os indicadores pmf - por minuto de filme: tiros por minuto de filme, número de carros destruídos pmf, mortos pmf, etc.

Se algo mudou desde 1984, no universo do “Exterminador Implacável”, foi a sua migração do género Terror para o género Acção/Aventura. Nada de desconforto, ou desespero, ou medo, ou daquela pressão esmagadora, que a máquina exercia no primeiro filme. Agora a máquina é humana, dá palpites, é mordaz e irónica. Aliás, num filme que se distancia tanto do primeiro da série, não deixa de ser questionável o porquê de ressuscitarem o desfecho original, mas onde não é a máquina assassina que é esmagada, é o Exterminador amigo, que num último fôlego (de humanidade?), arrasta consigo o(a) outro(a) exterminador(a). Da máquina que não sentia nem medo, nem remorso já nada resta - o T101 está obsoleto, a Exterminadora desperta tudo menos pavor... Este filme, marcará por certo, o ponto final na relação de Schwarznegger com a saga. Se é quase óbvio que o "show must go on", não é menos óbvio que será sem o actor-com-pretensões-políticas. Será sem dúvida, a morte cerebral (ou física?) da história, porque por muito que tentem, nem Robert Patrick (T1000), nem Kristanna Loken(T-X), nem outro hipotético exterminador, por muito moderno e bem apetrechado que seja, conseguirão algum dia aproximar-se do obsoleto original, e serem eficazes e eficientes na sua função: aterrorizar.

T3 tem como ponto forte o facto de finalmente deixar de querer adiar o Juízo Final dando a oportunidade ao enredo de se desenrolar de forma diferente dos outros dois. Onde o primeiro filme pautou pela originalidade do argumento, o segundo foi pelos originais efeitos especiais. Agora, finalmente que chegamos a uma era onde Matrix revelou tudo o que você queria ver em efeitos especiais, T3 só poderia resultar se apostasse no argumento além dos tradicionais efeitos especiais. De resto, o filme obedece aos critérios de produção de um 'summer blockbuster' com interpretações razoáveis (apesar do histerismo excessivo de Claire Daines) e uma vila de sonho para o público masculino. De salientar que se abrem perspectivas para se dar um seguimento a esta série de filme mas noutra realidade e já sem o nosso Arnold que se encontra em altura de perseguir outras metas mais terrenas na política californiana.