Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios
Título Original
Eu Receberia as Piores Notícias dos seus Lindos Lábios
Realizado por
Elenco
Sinopse
Cauby (Gustavo Machado), fotógrafo de profissão, instala-se numa pequena cidade brasileira, no interior da Amazónia. Quando conhece a bela, mas instável, Lavínia (Camila Pitanga), a mulher do pastor Ernani (Zé Carlos Machado), nasce entre eles uma atracção difícil de controlar. Desconhecendo o passado trágico da amante, Cauby pede-lhe para deixar o marido e partir com ele. Apesar de amar o fotógrafo, ela recusa-se a abandonar o homem que a ajudou a refazer a vida e a afastar-se do mundo das drogas e da prostituição. Enquanto isso, Viktor Laurence (Gero Camilo), jornalista local, recebe fotos comprometedoras de Lavínia a posar nua para Cauby e tenciona usá-las para desacreditar o pastor. Mas esta história de amor adúltero ganha novos contornos quando Viktor e Ernani são encontrados mortos, fazendo de Cauby o principal suspeito daquele crime.
Um filme realizado por Beto Brant e Renato Ciasca ("Cão Sem Dono"), que se inspira no romance homónimo do jornalista e argumentista Marçal Aquino. PÚBLICO
Críticas dos leitores
Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios
Fernando Oliveira
O nome do filme é tão bonito como curioso: “Eu receberia as piores notícias dos seus lindos lábios”, e foi por isso que eu cheguei a ele. Segundo o IMDB o filme estreou em Portugal na RTP2 em Novembro de 2020, e está integrado num pequeno ciclo com filmes do realizador Beto Brant a acontecer esta semana no TVCine Edition. Será distração minha mas o nome do realizador e os seus filmes eram desconhecidos para mim. O filme (realizado com a colaboração de Renato Ciasca) é apenas interessante, mas é muito bonita a forma como sabe encenar aquela sensualidade que parece sufocante e que os filmes e os livros nos dizem típica dos países quentes (?), homens e mulheres com roupas leves, ou nus, e quase sempre suados, a entrega a uma sexualidade ardente, um “amor louco” que faz o filme deslizar para o melodrama, e uma espantosa actriz, Camila Pitanga, a figurar estas ambiências. Caulby é fotografo, vai viver para um pequena cidade do Pará, conhece Lavinia, a jovem mulher de um pastor evangélico; primeiro fotografa-a, depois envolvem-se fisicamente e emocionalmente; Caulby quer que ela parta com ele, ela recusa, deve muito ao marido. Os abusos na infância levara-na à prostituição e ao alcoolismo, ele encontrou-a na rua e “salvou-a” com a religião (?). O filme toca ao de leve na religiosidade evangélica excessiva do Brasil, na destruição ambiental da Amazónia, o que parece estar “a mais” na história mas que depois explica o desenlace: o marido de Lavinia é assassinado com dois tiros na cara, Caulby é suspeito, ela desaparece. Caulby volta a encontrá-la, mas… (Na mitologia romana, Lavínia foi uma princesa que causou uma guerra quando o seu pai desfez uma promessa de casamento para a casar com Eneias, um estrangeiro, conforme o profetizado por um oráculo). Parece o enredo de uma telenovela, mas olhado apenas como o Cinema pode. Um drama “sujo”, um filme singular o suficiente para nos manter interessados. (em "oceuoinfernoeodesejo.blogspot.com")
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