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Eu Não Sou a Tua Princesa
Título Original
My Little Princess
Realizado por
Elenco
Sinopse
Quando Eva tinha entre 5 e 10 anos, a fotógrafa e sua mãe Irina Ionesco tirou um conjunto de fotografias que culminou na obra "EVA: Eloge de Ma Fille", publicado em 1975. Nunca na história da fotografia um artista tinha mostrado ao mundo o seu filho em poses eróticas com um efeito de tal modo arrojado. Através de temas orientais, góticos e surrealistas, são captadas imagens de um erotismo infantil que chocaram não só a opinião pública, mas também a comunidade artística da época. Em 1977 Irina Ionesco perdeu a custódia de Eva que foi posteriormente criada pela família de Christian Louboutin, o conhecido designer de sapatos de luxo.<br />Este filme, primeira obra de Eva Ionesco e com Isabelle Huppert e Anamaria Vartolomei como protagonistas, expõe a dolorosa história verídica de uma mãe e uma filha e sua relação conturbada.
Críticas Ípsilon
Críticas dos leitores
Projecção da projecção (bom filme)
Nazaré
A passagem de menina a mulher e o despertar do antagonismo entre mãe e filha; os padrões de normalidade e o "desvio" duma precoce vida adulta; os limites morais da arte e a volúvel atitude da crítica (as obras vendem-se às vezes, mas as publicações vendem-se sempre). Tudo questões que se levantam de maneira vibrante no percurso quase autobiográfico que Eva Ionesco traça para a personagem de Annamaria Vartolomei.<br /><br />Muitos serão os bem-pensantes a sentirem-se justificados na condenação da personagem da mãe (representada fantasticamente por Isabelle Huppert), mas esquecem que ela nunca força a filha, esquecem as acutilantes máximas de artista (para que é que alguém há-de querer ser "normal"???), esquecem a magnífica imaginação da fotógrafa: assim não aprendem nada desta fita.<br /><br />Parece aliás que a realizadora não quis tanto "denunciar" a mãe (Irina Ionesco, ainda no activo), o que aliás seria duma vulgaridade atroz, mas sim render-lhe homenagem pela sua arte, de que ela foi corpo e alma: os detalhes das sessões fotográficas, as fascinantes decorações e vestimentas, a hipnotizante beleza da jovem actriz, ajudam a perceber isso. É claro que não nos esconde o escândalo da avó, nem as violentas trocas de palavras, ou a indiferença da mãe, o retrato pode dizer-se muito completo. Temos é de saber vê-lo em todos os aspectos e não fixar-nos apenas num deles, só porque isso é uma "tese"! O filme vale muito mais do que isso.
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