Escolha Mortal

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Drama, Western 104 min 2005 M/16 01/06/2006 Austrália, GB

Título Original

The Proposition

Sinopse

"Western" violento com ecos de Sam Peckinpah e Sergio Leone, "Escolha Mortal" é a terceira colaboração entre o realizador John Hillcoat e o cantor e compositor australiano Nick Cave, que assina aqui o argumento e a música.<br/> Na Austrália colonial no final século XIX, Charlie e Mikey Burns, dois criminosos irlandeses, são presos pelo Capitão Stanley pelo massacre de uma família. Stanley faz aos dois homens um ultimato: se Charlie não apanhar e matar Arthur, o seu irmão mais velho e líder do "gang", Mikey será enforcado no dia de Natal. <p/>PUBLICO.PT

Críticas Ípsilon

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Vasco Câmara

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Críticas dos leitores

Poesia e violência

Balrog

"Western" poético e violento. Faz-me lembrar o "Dead Man" de Jim Jarmusch na maneira como trata da diferença de civilizações entre os povos indígenas e a sociedade ocidental. Outra semelhança é o lado mais atmosférico do filme, onde somos hipnotizados pelo som de uma magnífica banda sonora. Nota: 8/10.
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Western místico e poético

Rita Almeida (http://cinerama.blogs.sapo.pt/)

O "gang" dos irmãos Burns é procurado pela violação e o violento assassinato de uma mulher grávida. Depois de um tiroteio, dois dos irmãos são detidos, Charlie (Guy Pearce) e Mikey (Richard Wilson), o mais novo. O capitão Stanley (Ray Winstone) deixa Charlie em liberdade na condição de ele matar o seu irmão mais velho, Arthur Danny Huston, o cabecilha do "gang". Para garantir este acordo, Stanley mantém Mikey preso e Charlie tem nove dias para cumprir o acordo. Caso contrário, Mikey será enforcado. O argumento do músico Nick Cave, numa linguagem própria mas inteiramente credível, faz uso de uma terra austera e sem lei - a da Austrália dos naos 1880 - para contar a história de dois homens, cada um com o seu dilema.<BR/><BR/>O arco evolutivo de Charlie e de Stanley, o seu antagonista, movem-se paralelamente; enquanto o primeiro vive com introspecção o dilema de escolher entre o irmão mais novo e irmão mais velho (entre a inocência e a crueldade), Stanley oscila entre a lei e um código de justiça que ele julga mais eficaz. Ambos agem segundo a crença de um poder moral mais elevado, mas ambos se mostram incapazes de prever as consequências dos seus actos.<BR/><BR/>Stanley (Ray Winstone), cuja decisão choca os restantes guardas, ansiosos por vingança, e em especial o seu superior Eden Fletcher (David Wenham), um sádico burocrata que representa toda a dureza do colonialismo, tenta domesticar uma terra que ele considera selvagem, ao mesmo tempo que tenta proteger a sua mulher Martha (Emily Watson) de toda aquela agrura. Na sua aparente fragilidade, Martha representa a força moral e a ilusão da civilização, tranquila na sua elegante casa colonial, com o seu jardim no meio de uma paisagem desértica.<BR/><BR/>“The Proposition” é um filme violento e brutal, mas imensamente poético, sobre escolhas, sobre amor e traição, sobre vingança e redenção. A sua intensidade reside sobretudo nas suas personagens complexas e ambíguas, cheias de cinzentos e imprevisíveis - que permitem todas elas grandes interpretações. Há uma iminente sensação de tragédia, quase épica pela dimensão das paisagens, por um céu vasto e vazio. O calor e o suor, a sujidade e o pó, as moscas e as árvores mortas, enchem este filme de pessimismo e desespero.<BR/><BR/>O design de produção de Chris Kennedy e a fabulosa fotografia do francês Benoit Delhomme dão um enorme poder emocional às impressionantes paisagens do interior australiano. A música de Nick Cave e Warren Ellis passeia-se por “The Proposition” como um fantasma - em especial o tema “The Rider” - impregnando este filme de uma força que restitui ao "western" o seu antigo misticismo. Nota: 4/5.
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