Eros Terapia

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Comédia 106 min 2004 M/16 24/02/2005 FRA

Título Original

Eros thérapie

Sinopse

Uma mulher bissexual enrolada com uma jovem crítica de cinema, um marido que tenta reconquistar a mulher, um jovem fogoso que se excita um pouco demais com algumas situações... Uma casa misteriosa abre e propõe tratamentos de choque, administrados por dominadoras, "para curar todos os seus problemas de libido". Todos serão submetidos a uma terapia intensiva que vai levá-los a explorar os seus limites. Mas esta terapia tem um risco a ter em conta: a morte.<br/> Eros e Tanatos disputam a partida nos jogos de amor e de desejo. "Eros Terapia" é a nova comédia de Danièle Dubroux, realizadora de "O Diário do Sedutor". <p/> PUBLICO.PT

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Crueldade intolerável

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Prova da continuidade da aposta no recente cinema francês em salas nacionais, "Eros Terapia" ("Eros Thérapie") assinala o regresso da realizadora Danièle Dubroux, cuja obra mais emblemática entre nós será, talvez, "O Diário de um Sedutor", que ainda assim passou discretamente pelas salas em 1995. O filme, em tons de comédia e tragédia, propõe um olhar irónico e cáustico sobre as relações conjugais através de uma série de peripécias algo imprevistas e por vezes inquietantes. Inicialmente, "Eros Terapia" centra-se num casal de meia-idade em que a esposa (Catherine Frot) trocou o marido (François Bérleand) por uma companheira mais jovem (Isabelle Carré), e este recorre a um intrincado estratagema para tentar reconquistá-la.<BR/><BR/>Adam (o marido) encontra um aliado no jovem Bruno (Melvil Poupaud) e juntos irão estabelecer um plano de forma a separar o casal feminino. Bruno, em particular, torna-se totalmente dedicado à sua nova causa, recorrendo a quase tudo para atingir o seu fim.<BR/><BR/>Embora os primeiro minutos sugiram que "Eros Terapia" é uma leve comédia (romântica?) com alguns requintes de malvadez, a segunda metade do filme - intitulada "Thanatos", contrastando com a fase inicial, "Eros" - percorre territórios mais relacionados com o policial e o suspense, fundindo géneros e trocando as coordenadas ao espectador (característica que se vericava também em "O Diário de um Sedutor"). Paralelamente, o argumento debruça-se mais sobre a amante da mulher de Adam e Bruno, que aos poucos se tornam no casal protagonista e desenvolvem uma inusitada relação de amor-ódio, responsável por algumas das cenas mais estranhas da película.<BR/><BR/>Entre algumas piadas centradas em David Cronenberg, um consultório "kinky", atmosferas misteriosas, amores desencantados e mesmo consideráveis doses de "swinging" - se alguns acusaram "Perto Demais" ("Closer"), de Mike Nichols, de abusar da promiscuidade, esperem até ver este -, "Eros Terapia" funciona como uma "screwball comedy on acid", mas a combinação destes elementos nem sempre resulta. Se, por um lado, a imprevisibilidade da acção joga a favor do filme - nunca se sabe qual será o próximo passo e, quando o desenlace aparenta estar próximo, há mais uma reviravolta -, tudo é demasiado aleatório e, também, um pouco inconsequente. Embora o elenco seja eficaz, as personagens não são especialmente interessantes, reduzindo-se à caricatura (por vezes bem conseguida) e sem grande complexidade.<BR/><BR/>A espaços divertida e inspirada, noutras ocasiões mais aborrecida e pretensiosa, "Eros Terapia" é uma comédia competente, mas irregular e pouco entusiasmante. Não desmerece uma espreitadela, mas também não é uma das obras cinematográficas imperdíveis em cartaz... Classificação: 2/5 - Razoável.
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Prova da continuidade da aposta no recente cinema francês em salas nacionais, "Eros Terapia" ("Eros Thérapie") assinala o regresso da realizadora Danièle Dubroux, cuja obra mais emblemática entre nós será, talvez, "O Diário de um Sedutor", que ainda assim passou discretamente pelas salas em 1995. O filme, em tons de comédia e tragédia, propõe um olhar irónico e cáustico sobre as relações conjugais através de uma série de peripécias algo imprevistas e por vezes inquietantes. Inicialmente, "Eros Terapia" centra-se num casal de meia-idade em que a esposa (Catherine Frot) trocou o marido (François Bérleand) por uma companheira mais jovem (Isabelle Carré), e este recorre a um intrincado estratagema para tentar reconquistá-la.<BR/><BR/>Adam (o marido) encontra um aliado no jovem Bruno (Melvil Poupaud) e juntos irão estabelecer um plano de forma a separar o casal feminino. Bruno, em particular, torna-se totalmente dedicado à sua nova causa, recorrendo a quase tudo para atingir o seu fim.<BR/><BR/>Embora os primeiro minutos sugiram que "Eros Terapia" é uma leve comédia (romântica?) com alguns requintes de malvadez, a segunda metade do filme - intitulada "Thanatos", contrastando com a fase inicial, "Eros" - percorre territórios mais relacionados com o policial e o suspense, fundindo géneros e trocando as coordenadas ao espectador (característica que se vericava também em "O Diário de um Sedutor"). Paralelamente, o argumento debruça-se mais sobre a amante da mulher de Adam e Bruno, que aos poucos se tornam no casal protagonista e desenvolvem uma inusitada relação de amor-ódio, responsável por algumas das cenas mais estranhas da película.<BR/><BR/>Entre algumas piadas centradas em David Cronenberg, um consultório "kinky", atmosferas misteriosas, amores desencantados e mesmo consideráveis doses de "swinging" - se alguns acusaram "Perto Demais" ("Closer"), de Mike Nichols, de abusar da promiscuidade, esperem até ver este -, "Eros Terapia" funciona como uma "screwball comedy on acid", mas a combinação destes elementos nem sempre resulta. Se, por um lado, a imprevisibilidade da acção joga a favor do filme - nunca se sabe qual será o próximo passo e, quando o desenlace aparenta estar próximo, há mais uma reviravolta -, tudo é demasiado aleatório e, também, um pouco inconsequente. Embora o elenco seja eficaz, as personagens não são especialmente interessantes, reduzindo-se à caricatura (por vezes bem conseguida) e sem grande complexidade.<BR/><BR/>A espaços divertida e inspirada, noutras ocasiões mais aborrecida e pretensiosa, "Eros Terapia" é uma comédia competente, mas irregular e pouco entusiasmante. Não desmerece uma espreitadela, mas também não é uma das obras cinematográficas imperdíveis em cartaz... Classificação: 2/5 - Razoável.
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